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Capital

Nando é condenado a 18 anos e 3 meses de prisão por 1 de 13 mortes

Júri acatou pedido do Ministério Público. Nando e comparsa foram julgados por um dos 13 assassinatos do “cemitério particular”

Izabela Sanchez e Geisy Garnes | 29/06/2018 16:45
Juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri profere sentença contra Nando (Geisy Garnes)
Juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri profere sentença contra Nando (Geisy Garnes)

Um dos 13 casos do “cemitério particular” de Nando teve desfecho decretado pela Justiça na tarde desta sexta-feira (29). Luiz Alves Martins Filho, o Nando, foi condenado a 18 anos e 3 meses de prisão pelo juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos. O júri aceitou por unanimidade o pedido do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), pela morte de “Café” ou “Neguinho”, que até hoje não foi identificado.

O juiz proferiu sentença que condenou Nando a 18 anos de reclusão por homicídio, pena que foi reduzida em um ano pela confissão do crime. Além do homicídio, o réu foi condenado a 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver, e também pela confissão, teve a pena reduzida em 3 meses.

Confira o vídeo:

Além de Nando, Jean Marlon Dias Domingues, de 21 anos, comparsa no assassinato, foi condenado a 15 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Inicialmente, a sentença determinou 16 anos e seis meses, mas a pena foi reduzida em um ano porque Jean era menor de idade à época do crime, e por ter confessado o crime,

Ele também foi condenado a 1 ano e dois meses de prisão por ocultação de cadáver, pena reduzida em dois meses, resultando os 15 anos e seis meses de prisão.

Há, ainda, um terceiro envolvido no assassinato de “café”. Michel Henrique Vilela Vieira não foi julgado durante essa tarde. O motivo é a desistência da defesa. Diante disso, a Justiça nomeou um defensor público para o caso, e Michel será julgado em agosto. O processo, dessa forma, foi desmembrado.

O caso – Nando é autor de uma série de assassinatos no bairro Danúbio Azul. As vítimas eram, em maioria, jovens mulheres envolvidas com consumo de drogas e inseridas em contexto de vulnerabilidade social. Ele é acusado de ter matado pelo menos 16 pessoas, entre os anos de 2012 e 2016, e ficou conhecido como um dos maiores serial killers do Estado, pela quantidade e a forma cruel como executava os crimes.

“Café” até hoje não foi identificado porque não tinha família e vivia pelas ruas do Bairro Danúbio Azul. Durante o julgamento, Nando alegou ter confessado a autoria da morte porque foi torturado na delegacia.

Durante a sessão de julgamento, a defesa de Nando conseguiu provar a rejeição do réu na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), e ele deve retornar à Campo Grande.

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