Nando é condenado a 18 anos e 3 meses de prisão por 1 de 13 mortes
Júri acatou pedido do Ministério Público. Nando e comparsa foram julgados por um dos 13 assassinatos do “cemitério particular”
Um dos 13 casos do “cemitério particular” de Nando teve desfecho decretado pela Justiça na tarde desta sexta-feira (29). Luiz Alves Martins Filho, o Nando, foi condenado a 18 anos e 3 meses de prisão pelo juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos. O júri aceitou por unanimidade o pedido do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), pela morte de “Café” ou “Neguinho”, que até hoje não foi identificado.
O juiz proferiu sentença que condenou Nando a 18 anos de reclusão por homicídio, pena que foi reduzida em um ano pela confissão do crime. Além do homicídio, o réu foi condenado a 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver, e também pela confissão, teve a pena reduzida em 3 meses.
Confira o vídeo:
Além de Nando, Jean Marlon Dias Domingues, de 21 anos, comparsa no assassinato, foi condenado a 15 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Inicialmente, a sentença determinou 16 anos e seis meses, mas a pena foi reduzida em um ano porque Jean era menor de idade à época do crime, e por ter confessado o crime,
Ele também foi condenado a 1 ano e dois meses de prisão por ocultação de cadáver, pena reduzida em dois meses, resultando os 15 anos e seis meses de prisão.
Há, ainda, um terceiro envolvido no assassinato de “café”. Michel Henrique Vilela Vieira não foi julgado durante essa tarde. O motivo é a desistência da defesa. Diante disso, a Justiça nomeou um defensor público para o caso, e Michel será julgado em agosto. O processo, dessa forma, foi desmembrado.
O caso – Nando é autor de uma série de assassinatos no bairro Danúbio Azul. As vítimas eram, em maioria, jovens mulheres envolvidas com consumo de drogas e inseridas em contexto de vulnerabilidade social. Ele é acusado de ter matado pelo menos 16 pessoas, entre os anos de 2012 e 2016, e ficou conhecido como um dos maiores serial killers do Estado, pela quantidade e a forma cruel como executava os crimes.
“Café” até hoje não foi identificado porque não tinha família e vivia pelas ruas do Bairro Danúbio Azul. Durante o julgamento, Nando alegou ter confessado a autoria da morte porque foi torturado na delegacia.
Durante a sessão de julgamento, a defesa de Nando conseguiu provar a rejeição do réu na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), e ele deve retornar à Campo Grande.