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Capital

Nas Moreninhas, fiéis peregrinam com Nossa Senhora para agradecer bênçãos

Procissão foi às ruas de Campo Grande para celebrar a Padroeira do Brasil

Por Aline dos Santos e Idaicy Solano | 12/10/2023 09:53
Fieis saem em procissão com imagem de Nossa Senhora Aparecida. (Foto: Marcos Maluf)
Fieis saem em procissão com imagem de Nossa Senhora Aparecida. (Foto: Marcos Maluf)

Uma multidão saiu em procissão nas Moreninhas, na manhã desta quinta-feira (dia 12), para agradecer Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil, por bênçãos.

Maria Aparecida Bezerra da Silva, 43 anos, estudante de Psicologia, conta que é devota desde a infância, sendo consagrada à Nossa Senhora desde o nascimento. “Tenho quatro filhos. São todos consagrados também e bênçãos na minha vida”, diz.

Sobre o mais velho, Rafael de 23 anos, ela tem um agradecimento em especial à santa. Quando o então bebê tinha 15 dias de vida, Maria Aparecida encontrou o filho totalmente cianótico (com coloração azulada) no berço.

Ao lado do filho Miguel, Maria Aparecida agradece por graças. (Foto: Marcos Maluf)
Ao lado do filho Miguel, Maria Aparecida agradece por graças. (Foto: Marcos Maluf)

 “Estava praticamente morto, pedi para que Nossa Senhora cuidasse do meu filho. Imediatamente, veio um pensamento de sugar a boca e o nariz. Saiu bastante secreção, mas ele não reagiu na hora. Na segunda vez, ele começou a dar um chorinho. Saímos de casa debaixo de tempestade para o hospital”, conta.

Thayla Zerial, 15 anos, também é devota desde a infância. Com lúpus, a mãe teve gravidez de risco e a criança poderia nascer com problemas de saúde.

Thayla Zerial conta que é devota desde a infânciae agardece milagre. (Foto: Marcos Maluf)
Thayla Zerial conta que é devota desde a infânciae agardece milagre. (Foto: Marcos Maluf)

“Nossa Senhora sempre foi uma mãe mesmo e isso começou desde o meu nascimento. Era para eu ser abortada, mas a minha mãe me entregou à Nossa Senhora e isso nos levou a um milagre. Porque não era nem para eu ter nascido.”

A aposentada Nilzete Batista dos Santos, 79 anos, caminhava em agradecimento a uma benção para o neto. Hoje com 15 anos, ele parou de falar, inexplicavelmente, aos dois anos. A avó prometeu levar o menino à cidade de Aparecida (São Paulo) e deixar a roupa de batismo do menino na sala de promessas.

“Não teve médico que dissesse qual era o problema dele. Coloquei o joelho no chão e pedi à Nossa Senhora Aparecida para botar as palavras na boca dele de novo. Não deu três meses e olha o menino falando de novo. Para mim, Nossa Senhora é tudo na minha vida, falo com orgulho.”

A procissão se concentrou na Rua Minas Nova e a caminhada foi até ao Parque Jacques da Luz, onde missa tinha expectativa de reunir três mil pessoas.

"A gente comprova a devoção, a fé e os milagres", diz Fábio. (Foto: Marcos Maluf)
"A gente comprova a devoção, a fé e os milagres", diz Fábio. (Foto: Marcos Maluf)

“A procissão é importante porque a gente consegue demonstrar para a comunidade, de forma concreta, a devoção à Nossa Senhora, não fica numa forma abstrata, apenas. A gente comprova a devoção, a fé e os milagres que acontecem por interseção de Nossa Senhora Aparecida”, diz Fábio Moreli, coordenador da comunidade Nossa Senhora das Graças.

A celebração reúne fiéis da igreja matriz e cinco comunidades: Nossa Senhora das Graças, São Pedro e São Paulo, Imaculada Conceição, Mãe da Divina Misericórdia e São Francisco de Assis.

“Essa procissão tem a tradição do povo peregrinar junto com Nossa Senhora, um povo que pede a intercessão e a graça para poder viver a sua fé. Foram inúmeras as procissões da qual eu participei, sempre o fiel se emociona ao caminhar com a imagem peregrina, que representa o povo brasileiro”, diz o padre Juscelândio José do Nascimento.

Nossa Senhora - Em 1980, foi decretado oficialmente feriado da Padroeira do Brasil. A data surgiu depois de pescadores encontrarem a imagem da santa em 1717, no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo.

Os católicos contam que o pescador João Alves retirou a imagem da rede, enrolou em um manto e nunca mais voltou para casa sem peixes.

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