Noite de protestos: população toma as ruas e promete manter pressão
Depois de quase quatro horas de manifestações, começou a dispersar o protesto nas proximidades da sede do MPF (Ministério Público Federal), na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, iniciado por volta das 19h30. Às 22h30, já era possível observar número menor de manifestantes, ainda que haja expectativa de manter a pressão contra Dilma, Lula e o PT.
A promessa é de que as manifestações serão retomadas na quinta-feira (17). Os atos são contra o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff e o PT, partido de ambos, especialmente depois que o líder petista ganhou o cargo de ministro-chefe da Casa Civil da correligionária, algo visto como manobra para livrá-lo de eventual julgamento por parte do juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato.
Movimentos como o Reaja Brasil e o Chega de Impostos, que articulam manifestações a exemplo da ocorrida no domingo (13), analisam que o ato passou a ser “espontâneo”. Ou seja, de motivação da própria sociedade, não de grupos específicos ou abertamente contrários aos petistas.
Fato é que se tratou de uma noite histórica. “Nunca vi uma coisa desta” e “nunca imaginamos que (o governo federal) chegaria ao fundo do poço” foram alguns dos termos usados, por exemplo, pelo presidente da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso do Sul), Mansour Karmouche, para descrever o que acontecia durante a noite desta quarta-feira (16).
Pessoal ligado aos movimentos citados chegou a falar em 3 mil manifestantes, tomando parcialmente a Afonso Pena. A Polícia Militar, inicialmente, falou em 400 manifestantes que se comportavam pacificamente, mas depois abriu mão de dar estimativa de público.
Gritos de ordem, faixas, rojões, buzinaço, panelaço. Foi possível ver gestos de apoio aos manifestantes de diferentes formas.
A primeira equipe da Guarda Civil Municipal, com quatro guardas, foi cercada por manifestantes e quase expulsa assim que chegou para acompanhar a manifestação. O fato, considerado isolado, rendeu pedido de desculpas horas depois por parte do pessoal que estava em um trio elétrico participando da manifestação.
O ato público em Campo Grande foi semelhante ao registrado em várias regiões do Brasil. Houve protestos em 16 estados e no Distrito Federal, segundo informava o portal Uol pouco antes do fechamento deste texto.
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