"Nunca tivemos um período assim", diz morador sobre onda de furtos de fiação
No último fim de semana ao menos 4 casas tiveram fiação furtada, três delas na mesma rua
Os moradores do Bairro Coophasul, em Campo Grande, estão cansados de ficar sem energia elétrica por conta da onda de furtos de fiação na região. Só no último fim de semana, ao menos quatro casas tiveram os fios levados pelos bandidos.
Ao Campo Grande News, o cabeleireiro Adão Barbosa de 57 anos, contou que a fiação do salão onde trabalha na Rua Cotegipe foi roubada na madrugada da segunda-feira (5). Ele afirma que procurou à polícia e em seguida acionou a concessionária Energisa para a reposição.
“Eu cheguei e tentei abrir o portão de elevação, não deu certo, entrei pelo portãozinho e vi que não tinha energia. Sai e percebi que estava sem fio na rua. Procurei a polícia para fazer um boletim de ocorrência para não ser cobrado pela reposição e acionei a Energisa pelo site”, disse Adão.
Ainda conforme o cabeleireiro, outras três casas da mesma rua tiveram a fiação furtada nos últimos dias. "Quase todo dia roubam. Eles roubam para vender o cobre. Antes era registro de água e agora optam pelos fios, deve ser porque tem muita gente comprando”, afirmou.
Na mesma rua, a moradora Creuza Batista, 85 anos, também teve a fiação da casa furtada na madrugada do sábado (3). À reportagem, a idosa contou que amanheceu sem energia e acredita que o furto tenha acontecido por volta das 4h.
Outro morador, que se identificou apenas como Mario Sergio, contou que mora na Rua Cotegipe desde 2005 e nunca tiveram um período tão crítico com furtos no bairro como agora.
"De sexta para sábado furtaram a fiação da minha casa e da casa ao lado. Eu amanheci sem energia e vi que tinham furtado, o técnico me informou que não era o primeiro caso. NA madrugada de terça, tinha um rapaz em cima do telhado da minha mãe que também mora na Cotegipe, quando ele viu ela saiu correndo. A coisa não tá fácil mesmo", declarou.
"Eu pago o guarda para fazer ronda aqui e ele não viu nada até umas 4 horas, depois ele saiu e os eles roubaram. Aqui na região a polícia até faz ronda, mas eles não param. Quando querem eles fazem mesmo assim", contou Creuza.
Um pouco mais abaixo, na Rua Abdo Chequer, a confeiteira de 45 anos, Maria Lucia dos Santos, também teve sua fiação furtada no último sábado. “Acordei por volta das 2 horas e a luz que eu deixo acesa no corredor tinha apagado, na hora achei que tinha caído a energia. Só fui ver de manhã, hora que sai e vi o fio cortado”, relatou.