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Capital

Obra na Brilhante para de novo e Exército culpa "solo úmido"

Segundo corporação, equipamentos vão passar por manutenção, já que umidade emperra a obra.

Ricardo Campos Jr. e Bruna Kaspary | 26/01/2018 11:21
Rua Brilhante, cujo recapeamento não avança desde dezembro, segundo moradores (Foto: André Bittar)
Rua Brilhante, cujo recapeamento não avança desde dezembro, segundo moradores (Foto: André Bittar)

As obras de recapeamento da Rua Brilhante continuam sem avançar e na madrugada desta sexta-feira (26), segundo relatos de moradores, o Exército retirou duas máquinas que eram usadas nos trabalhos, mas que estavam paradas no local.

Por meio da assessoria de imprensa, a corporação informou que os tratores vão passar por manutenção. Já os vizinhos ouviram de um militar que os equipamentos estavam acumulando água durante a chuva, que escorria e formava lodo no chão.

Célia Nantes, 55 anos, trabalha em uma casa ao lado de uma espécie de centro de apoio montado para os envolvidos nas obras. A patroa dela disse que entre 4h30 e 5h começou a ouvir os motores das máquinas e chegou a reclamar, pois não conseguia dormir com o barulho.

O fato é que o recapeamento em si, segundo ela, não anda há mais de um mês. A movimentação vista nas semanas passadas era para consertar vazamentos e problemas que afetaram o asfalto.

Segundo o Exército, os trabalhos estão parados devido à alta umidade do solo, o que inviabiliza a drenagem e remendos profundo. Isso ocorre não apenas pela chuva, mas pela contribuição da bacia hidráulica e pela capilaridade do solo.

Não basta que cesse o mau tempo para resolver o problema, que pode ocorre, inclusive, em período de estiagem por efeitos de capilaridade. Porém, nesse caso específico, a chuva de ontem, embora tenha sido pouca, contribuiu para atrasar ainda mais o andamento.

No local onde as máquinas eram guardadas funciona um centro de apoio aos militares envolvidos na obra, quando ela estava acontecendo (Foto: André Bittar)
No local onde as máquinas eram guardadas funciona um centro de apoio aos militares envolvidos na obra, quando ela estava acontecendo (Foto: André Bittar)

Transtornos – O vendedor Guilherme Zanchett, 37 anos, diz que a renovação do pavimento terminou pouco depois do Comper e isso tem trazido transtornos, porque tem prejudicado o comércio. “Desde antes do Natal não tem nenhuma máquina trabalhando nas obras em si, só houve reparo”, disse ao Campo Grande News.

O comerciante Luiz da Silva, 54 anos, está indignado com a situação. “Alguns trechos já estão recebendo remendos. Tem um cruzamento que já está ondulado. Nós ficamos em dúvida se aqui também vai ficar assim”, diz.

Ele trabalha a poucos metros do local onde as obras foram interrompidas. “Foi impressionante a velocidade com a qual eles passaram por aqui, só que não precisou furar nada”, afirma.

Empreendimento – Inicialmente o Exército também ficaria responsável por recapear a Avenida Bandeirantes e a Marechal Deodoro como parte de um pacote. Mas o CMO (Comando Militar do Oeste) e a Prefeitura da Capital entraram em acordo e retiraram essas duas vias do contrato, restando apenas a Brilhante e a Guia Lopes

O trecho está estimado em R$ 6,5 milhões, envolvendo a implantação de drenagem também em vias adjacentes e corredor de transporte público com pavimento mais resistente.

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