Operação contra fraude continua e mais uma empresa de consórcio é interditada
Dessa vez, a batida foi na Interprime Soluções Financeiras, localizada em um prédio comercial
Mais uma empresa suspeita de irregularidades na venda de consórcios foi interditada por força-tarefa composta por policiais civis e órgão do consumidor, na manhã desta quarta-feira (29). Dessa vez, a batida foi na Interprime Soluções Financeiras, localizada em um prédio comercial, na Avenida Afonso Pena, no Centro de Campo Grande. Funcionários também foram autuados por exercício ilegal da profissão de corretor.
No momento em que a equipe chegou ao local, havia um caminhoneiro, de 52 anos, vindo do Mato Grosso, fechando negócio com a empresa. Ele iria dar de entrada R$ 11 mil com a promessa de receber, no próximo dia 16, a quantia de R$ 320 mil para a compra de um caminhão. Porém, conforme a equipe da força-tarefa, o contrato não se tratava de um financiamento, mas sim, de consórcio. Situação que configura propaganda enganosa, pois a vítima não teria acesso ao dinheiro na data prometida.
O caminhoneiro contou que curtiu a página da Interprime no Facebook, quando um funcionário, identificado por Bruno, entrou em contato oferecendo o empréstimo. Toda a negociação foi feita por mensagens de WhatsApp. O conteúdo foi apresentado à polícia como prova. Para fechar o contrato, a vítima chegou ontem, em Campo Grande e hoje de manhã, foi até a empresa assinar os papéis. Tanto o caminhoneiro quanto o supervisor da empresa foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos.
Interdição - A empresa foi interditada, porque não apresentou a documentação exigida pela operação. Lá, quatro pessoas foram autuadas por exercer a profissão ilegal de corretor. Além do Procon (Superintendência para a Orientação e Defesa do Consumidor), participaram da ação o Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis 14ª Região) e Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo).
Em outra empresa de solução de crédito, localizada no mesmo prédio, mais quatro funcionários foram autuados por exercício ilegal da profissão de corretor. O coordenador de fiscalização do Creci, Carlos Scarcelli, disse que as equipes estão alinhadas para identificar esse e outros tipos de irregularidades. Os responsáveis pelas empresas não quiseram dar entrevista.
“A importância de uma operação desse tipo, é resguardar a sociedade e garantir que o consumidor não seja induzido ao erro. Ninguém pode vender consórcio como se fosse financiamento, tanto de casa como de veículos", explicou. O coordenador alerta ainda que é muito importante o cliente pesquisar no site do Creci/MS, para saber se o funcionário é cadastrado e não cair em nenhum tipo de golpe.
Ontem, outra empresa suspeita de irregularidades na venda de consórcios foi interditada. A Operação constatou situações como propaganda enganosa, falta de alvará de funcionamento e de autorização do Banco do Central.