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Capital

Ouvido na PF em MS, general diz que “nunca” quis prender Alexandre de Moraes

Coronel reformado Laércio Vergílio, 69 anos, nega que tenha tramado golpe de Estado com outros oficiais

Por Anahi Zurutuza e Ana Beatriz Rodrigues | 22/02/2024 18:37
General-de-brigada, Laércio Vergílio, 69 anos, ao deixar a sede da PF em Campo Grande (Foto: Osmar Daniel Veiga)
General-de-brigada, Laércio Vergílio, 69 anos, ao deixar a sede da PF em Campo Grande (Foto: Osmar Daniel Veiga)

Interrogado pela Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, o coronel reformado Laércio Vergílio, 69 anos, que se aposentou com o posto de general-de-brigada, mais uma vez negou que tenha feito parte da "trama" para dar golpe de Estado com direito à prisão de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). “Nunca achei isso”, disse ao ser questionado se entende que Alexandre de Moraes deveria estar preso, em frente à Superintendência da PF em Campo Grande.

Vergílio deixou o local por volta das 18h desta quinta-feira (22), quatro horas após chegar à sede da PF e afirmou que não pode dar mais detalhes sobre o depoimento, que prestou sem o acompanhamento de advogado. Ele teme se prejudicar pela quebra de sigilo da investigação.

Alvo da Operação Tempus Veritatis, o oficial do Exército é natural de Adamantina (SP), mas mora no Bairro Buriti, em Campo Grande. Ele teve a casa vasculhada pela PF no dia 8 de fevereiro por ser suspeito de fazer parte de ala militar que tinha a intenção de tomar o poder após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Militar apoiado no filho para descer escadaria da PF; ele diz estar se recuperando de cirurgias (Foto: Osmar Daniel Veiga)
Militar apoiado no filho para descer escadaria da PF; ele diz estar se recuperando de cirurgias (Foto: Osmar Daniel Veiga)

Segundo a investigação da PF, o “General Virgílio”, como era chamado, foi um dos responsáveis pelo “planejamento operacional para a prisão do ministro Alexandre de Moraes”, que tinha data para acontecer – 18 de dezembro de 2022.

Ele nega. “Minha opinião é que a lei tem de ser cumprida. Todos são iguais perante a lei”, disse sobre o tema.

Ao deixar a PF, no fim desta tarde, Vergílio elogiou a investigação. “A Polícia Federal fez um trabalho muito profissional, estão de parabéns”. Afirmou ainda que achou importante ser chamado para depor, para esclarecer “os fatos”.

“Eu achei que foi muito produtivo na medida em que deu pra gente apresentar os fatos, para corrigir qualquer tipo de distorção. Mesmo em convalescença e mesmo sem advogado, fiz questão de vir hoje”, afirmou, explicando que chegou a contratar defesa, na tarde de ontem, mas por ter sido de última hora, o defensor não pôde acompanhá-lo e orientou a pedir o adiamento da audiência. Ele, contudo, fez questão de conversar com os policiais federais por horas, acompanhado do filho e da mulher.

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