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Capital

Paciente internado com raiva passa por exames e já começa a ser medicado

Michel Faustino | 21/04/2015 20:45

O paciente de 38 anos, internado no HU (Hospital Universitário) com raiva humana, passou por exames neurológicos nesta terça-feira (21) e já está recebendo os medicamentos previstos no protocolo para tratamento da doença que chegaram ontem (20) a Capital.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, os exames constataram que o cérebro do paciente não foi afetado e etá funcionando “normalmente”. Conforme o hospital, o paciente deve receber tratamento com a sapropterina, que foi utilizado experimentalmente com sucesso em um adolescente de Pernambuco em 2008.

Segundo o médico infectologista Maurício Pompílio, o homem respira com ajuda de aparelhos e está em coma induzido.

"Estamos atendendo todos protocolos vigentes na tentativa de salvar o paciente, mas a doença é muito agressiva, muito grave, apesar de não ser transmitida facilmente entre humanos mas, sim, por mordida de animais em humanos", explica.

Ainda segundo o especialista, a doença não é comum em humanos e as chances de cura são quase nulas. "No Brasil, há somente um caso de sobrevivência por raiva, registrado em 2008, em um jovem de Pernambuco que sobreviveu ao tratamento", completa.

Por isso, órgãos de saúde locais tentam, junto ao Ministério da Saúde, acesso aos mesmos remédios utilizados no tratamento do paciente pernambucano. "A expectativa é de que amanhã esses medicamentos cheguem em Campo Grande", afirma o médico.

Mato Grosso do Sul não registra caso de raiva humana há mais de 20 anos, desde 1994. No entanto, Corumbá vive surto de raiva animal. O caso mais próximo foi registrado em 2009 na Bolívia.

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