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Capital

Pacote de obras que inclui lago do Rádio vai até outubro de 2013

Paula Vitorino | 03/12/2012 14:35
Cratera toma conta da Spipe Calarge, que está interditada. (Foto: Pedro Peralta)
Cratera toma conta da Spipe Calarge, que está interditada. (Foto: Pedro Peralta)
Enquanto a máquina trabalha, é possível ver assoreamento do lago.
Enquanto a máquina trabalha, é possível ver assoreamento do lago.

A abertura de uma cratera na Spipe Calarge, no fim de semana, trouxe à tona a pergunta sobre quanto vai ser concluída a obra para desassorear o lago do Rádio Clube Campo, apontado como problema para a região, por causa dos alagamentos e das erosões que tem sido um problema frequente na região. A obra, que ficou parada por cerca de três meses, foi retomada e a previsão de término é para outubro de 2013, segundo o secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação do município, João Antônio de Marco.

“A paralisação foi porque tivemos que fazer uma intervenção para drenar o lago”, diz. Na época, a Prefeitura também declarou que precisou parar os serviços para aguardar liberação de restante do recurso federal.

Segundo o secretário, o orçamento total previsto é de R$ 9 milhões para as obras do complexo Cabaça, que incluem drenagem de toda a região, e a previsão de término do pacote de obras é para outubro de 2013.

“Essa obra faz parte de uma obra maior, que é um processo de macro e micro drenagem do córrego Cabaça, que é composto por drenagem e a abertura da Avenida Fábio Zahran continuando até Três Barras, com drenagem e pavimentação com recuperação da erosão do lago do Rádio Clube”, diz.

Lago - Entre os trabalhos previstos, ele diz que será feito o reforço da tubulação que sai do lago e a recuperação da mata da região, que está tomada pela erosão. Além disso, está previsto o recapeamento da Spipe Calarge e a pavimentação de parte do bairro Jardim Morumbi.

“Por não serem pavimentadas, as ruas trazem a água da chuva com materiais (terra) que acumulam no lago”, diz.

O desassoreamento do lago é um dos pontos fundamentais para a resolução da situação na Spipe Calarge. No entanto, o que se vê no local é que o lago continua tomado por resíduos.

“Mexeram já em algumas coisas, limparam uma área ao lado do lago, mas não mexeram em nada no lago. Olha o tanto de areia que continua ali e isso já é o bastante para qualquer chuvinha alagar a região”, alerta o comerciante Juarez.

A Prefeitura afirma que o desassoreamento é de responsabilidade do Rádio, que se comprometeu a fazer o serviço. A instituição confirma que vai fazer a retirada de resíduos do lago, mas que só depois que a Prefeitura concluir toda a obra na região. A justificativa é de que seria "inviável" retirar a terra do lago enquanto não impedirem que a terra continue caindo no local.

Comerciante reclama de prejuízo. (Fotos: Pedro Peralta)
Comerciante reclama de prejuízo. (Fotos: Pedro Peralta)

Queixas- Para os comerciantes da região, a semana de trabalho começou com a preocupação de prejuízo com a interdição da via. Sem fluxo de veículos, o comércio da região fica isolado.

“A gente fica num prejuízo danado com essa rua interditada e quem paga nosso prejuízo?”, reclama o proprietário de loja de assistência eletrônica Juarez de Almeida.

Esta é a segunda vez que a rua precisa ser fechada neste ano após desmoronamento de parte do asfalto. Em junho a cratera recebeu obra emergencial e a via ficou interditada por 4 dias. O problema é consequência da erosão às margens da rua, por sua vez provocada pelos constantes alagamentos em razão do assoreamento do lago do Rádio Clube Campo.

Vizinho da cratera, o proprietário de uma mecânica, Edson Campos, de 57 anos, alerta que a rua é um “corredor” e merece mais atenção dos responsáveis.

“Parece que não entendem que isso aqui é um corredor para as pessoas irem para diversos bairros e não pode ficar interditada. Já deveriam ter feito uma obra de verdade aqui e resolvido o problema”, diz.

O problema de erosão é antigo e obras pontuais na região são feitas desde o ano passado, mas o problema sempre volta a aparecer com as chuvas. “Todo ano é a mesma coisa. Vem a chuva e derruba todas as obras que já fizeram”, diz Juarez.

A via está recebendo obras emergenciais para ser liberada o mais rápido possível, mas não há prazo final.

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