Pai diz que filho executado sonhava lutar no UFC, mas perdeu foco para as drogas

O aposentado Vilson Alves da Silva, de 47 anos, tenta juntar os cacos após a morte precoce do filho, aos 16 anos. O rapaz foi assassinado a tiros na noite de domingo (22), no Bairro Alves Pereira, em Campo Grande, e a motivação pode estar ligada a drogas. "Tenho três filhos, sempre cuidei, nunca faltou nada a eles. Aconselhei, mas chega certa idade vem a rebeldia e comecei a perder o controle", lamenta o pai.

Apesar de os últimos seis meses terem sido difíceis com o filho do meio, o pai conta que o rapaz sempre foi dedicado, principalmente no esporte. "Meu filho tinha uma carreira linda antes de conhecer esse lado ruim. Ele sempre lutou, fazia karatê com 7 anos, aí foi para academia e começou a lutar kickboxing", conta.

O rapaz chegou a ganhar o campeonato brasileiro e foi tricampeão estadual na modalidade. Mas, há cerca de seis meses, Vilson diz que o filho mudou. "Foi piorando. De uns dias para cá pegamos no pé dele por ele estar pendendo o foco. Ele treinava, mas abandonou por conta das más influências. O sonho dele era estar no UFC". Vilson afirma que o filho não estava recebendo ameaças. "Estou cada dia mais arrasado", finalizou o pai.

Assassinato - O adolescente estava na Rua Tucuruvi, esquina com a Rua Agostinho Bacha, no Bairro Alves Pereira, quando foi abordado por ocupante de um Chevrolet Celta. Na sequência, o atirador disparou contra a cabeça da vítima.

O Corpo de Bombeiros Militar chegou a ser acionado, assim como o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não houve tempo de o rapaz ser socorrido e a morte foi constatada. A motivação do crime seria drogas, contudo, as investigações estão no início e a polícia não repassou detalhes.

Como estabelece o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a vítima teve o nome preservado pela reportagem.

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