Palco de acidente chocante, avenida tem 2 km sem redutores de velocidade
Acidente na sexta-feira envolveu três veículos, com um deles capotando e outro derrubando poste
O acidente de sexta-feira (18) envolvendo três veículos, com um deles capotando e outro derrubando um poste de energia, gerou questionamentos sobre a falta de redutores de velocidade na Avenida Cônsul Assaf Trad, na região norte de Campo Grande.
Quem passa pela região cita, por exemplo, que não há redutor no sentido centro-bairro desde o cruzamento com a Rua Ana Rosa Castilho Ocampos até a Avenida Geraldo Ruben Zelada Cafure, em frente ao Shopping Bosque dos Ipês. Somente este trecho é de cerca de 2 km.
O autônomo Reginaldo Prado, de 42 anos, conta que sempre precisa usar a ciclofaixa e não se considera seguro passando pelo local. “Até para gente que vai de bicicleta é bem perigoso. Quando precisa atravessar as ruas dá bastante medo porque todo mundo sabe que o povo vem rápido”, diz.
Ele relata que durante o dia a velocidade dos veículos não costuma ser alta, mas quando a noite cai, o perigo aumenta. “Acho que precisa mais sinalização. É um espaço livre, muito grande. Só placa não adianta”, cobra.
O eletricista Claudinei Sales Furtado, de 49 anos, relata que durante o dia é raro ver acidente e a noite a noite “o povo escapa bastante de bater”. “Acho que é só porque aqui era para ter muito mais acidente. O que complica mais é na altura do shopping”, diz.
Não vejo muito jeito [de melhorar] só com sinaleiro porque as vezes nem isso respeitam. Talvez devessem colocar radar de velocidade”, completa o eletricista.
Enivaldo Flor, de 32 anos, conta que mora na região e que todos se acostumaram com a alta velocidade. “Aproveitam bastante para correr, como não tem semáforo, lombada. Esse é o momento que todo mundo corre”, afirma.
Na manhã deste domingo ainda havia estilhaços dos veículos envolvidos no acidente e o poste derrubado permanecia no local. O motorista da Mitsubishi L200 contou que fazia o retorno quando foi atingido na traseira pelo GM Astra e terminou capotando.
O condutor do Astras alegou que o motorista da caminhonete invadiu a preferencial. O Chevrolet Vectra, também envolvido no acidente, atingiu o poste, mas ainda não se sabe qual foi a participação do veículo na dinâmica. Seis pessoas ficaram feridas, nenhuma em estado grave.
O Campo Grande News procurou a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) sobre a falta de sinalização na região. O diretor-presidente Janine de Lima Bruno afirmou que a via receberá obras para corredores de ônibus, assim o local deve ficar “com muitas mudanças com relação ao que se apresenta hoje”.