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Capital

Palco de brigas, vizinhos reclamam de tabacaria após tiroteio e morte

Antes de morrer, Allan Oliveira Dias tentou matar desafetos que estavam na praça em frente ao estabelecimento

Por Bruna Marques e Antonio Bispo | 11/09/2024 07:46
Marca de sangue na calçada da tabacaria, no Bairro Maria Aparecida Pedrossian (Foto: Juliano Almeida)
Marca de sangue na calçada da tabacaria, no Bairro Maria Aparecida Pedrossian (Foto: Juliano Almeida)

Tabacaria onde Allan Oliveira Dias, de 25 anos, morreu depois de trocar tiros com um policial militar de folga, é palco de confusão, segundo moradores do Bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande.

Moradores que residem próximo ao local, na Rua João Francisco Damasceno, que preferiram não se identificar por medo, contaram para a reportagem que a tabacaria sempre está lotada e brigas são constantes.

“Não escutei os tiros, aqui inclusive tem pessoas do PCC (Primeiro Comando da Capital) envolvidas e isso é um perigo”, afirmou um homem.

Outra moradora afirmou que toda semana tem bagunça no estabelecimento e na noite passada escutou os tiros, depois viu toda a movimentação em frente. “Ainda bem que passava um policial na hora e resolveu isso, mas aqui é bem perigoso”, frisou.

Viaturas da PM em frente à praça do Maria Aparecida Pedrossian. (Foto: Enryck Sena)
Viaturas da PM em frente à praça do Maria Aparecida Pedrossian. (Foto: Enryck Sena)

Troca de tiros - Antes de trocar tiros com o policial, o Campo Grande News apurou que o Allan ocupava a garupa de uma motocicleta conduzida por um familiar, quando parou e passou a atirar contra dois rapazes que estavam em frente à tabacaria, no entorno da Praça dos Amigos. Um policial morador do bairro passava no momento e, flagrando a tentativa de homicídio, também disparou. Pelo menos oito tiros de calibre 32 foram feitos.

A dupla fugiu, mesmo ferida, mas acabou caindo mais a frente. Allan foi socorrido, sendo levado a uma unidade de saúde do Bairro Tiradentes, onde não resistiu e morreu. O comparsa, que conduzia a moto, levou tiro na mão e foi socorrido até a unidade de saúde do Aero Rancho.

A vítima dos disparos feitos por Allan também foi socorrida e levada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para a Santa Casa de Campo Grande. O estado de saúde era considerado grave.

Moradores afirmaram se tratar de uma cobrança de agiotagem, mas a polícia ainda não comentou sobre a motivação do crime. Uma pistola, também de calibre 32, foi encontrada nas proximidades da tentativa de homicídio, sendo que foi apreendida e será periciada.

Allan tinha passagem pelos crimes de receptação e furto qualificado.

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