Para além de salvar vidas, veja quais os direitos para quem doa sangue
Em Mato Grosso do Sul, doadores voluntários recebem algumas vantagens desde 2004 com sanção de lei estadual
Os benefícios da doação de sangue e de medula óssea para quem recebe a transfusão ou o transplante são amplamente difundidos. Mas para aqueles que estão doando, fica a frequente dúvida: "o que posso ganhar em troca?". Em Mato Grosso do Sul, as vantagens para o doador ocorrem desde 2004, com a sanção da Lei 2.887, de 21 de setembro.
RESUMO
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A doação de sangue e medula óssea em Mato Grosso do Sul é incentivada por leis que oferecem benefícios aos doadores, como isenção de taxas em concursos públicos e meia entrada em eventos culturais. Desde 2004, a legislação estadual garante que doadores frequentes, que realizam doações a cada seis meses, possam usufruir dessas vantagens. Além disso, a campanha "Solidariedade Não Tira Férias" destaca a importância da doação, especialmente em períodos críticos como janeiro, quando a demanda por sangue aumenta devido a acidentes e viagens. Para doar, é necessário ter entre 16 e 69 anos e atender a certos critérios de saúde.
Em todo território sul-mato-grossense, o doador voluntário é isento do pagamento da taxa de concursos públicos promovidos por quaisquer dos poderes da administração estadual, bem como as fundações e demais autarquias. Conforme a lei estadual, é considerado doador aquele que realize o procedimento no mínimo uma vez a cada seis meses no período de dois anos.
Em 2010, os doadores voluntários passaram a ter outras vantagens em Mato Grosso do Sul, com a Lei 3.844, como a meia entrada em eventos culturais, esportivos, em pontos turísticos e quaisquer outras que atividades que proporcionem lazer, cultura e entretenimento. Os 50% de desconto concedidos independem do horário, mas se limita ao ingresso de menor valor.
Ainda com a sanção desta lei estadual, os doadores voluntários passaram a receber o mesmo tratamento dispensado aos idosos em filas de bancos, bem como a prioridade em atendimentos no âmbito da Justiça Estadual.
Em Campo Grande, a isenção da taxa em concursos públicos municipais para doadores de sangue e medula óssea passou a acontecer com a Lei 5.635, de 2015. Com esta, os órgãos e entidades ligadas à administração municipal passaram a incluir a isenção nos editais dos concursos públicos.
Conforme o Ministério da Saúde, cada doação pode ajudar a salvar até quatro vidas. O órgão ainda informa que apenas 1,4% da população brasileira doa sangue, o que representa 14 pessoas a cada mil habitantes.
Sangue Bom - A primeira quinzena de janeiro é considerada crítica para os pontos de coleta de doação de sangue em Mato Grosso do Sul. Isso ocorre, pois muitos estão viajando e a inaptidão também aumenta. Além desses fatores, devido ao aumento do fluxo de veículos em rodovias há um grande índice de acidente, o que influência na quantidade de bolsas de sangue utilizadas.
Para ajudar nessa situação, a campanha "Solidariedade Não Tira Férias", do Instituto Sangue Bom, reforça a importância da doação de sangue e do cadastro de novos doadores de medula óssea.
Serviço - Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos. Em caso de menores de idade, é necessário estar acompanhado do responsável legal. A primeira doação pode ser feita somente até os 60 anos de idade. Em Mato Grosso do Sul, os doadores precisam ter 51 kg ou mais.
Doenças hematológicas, cardíacas, renais, pulmonares, hepáticas, autoimunes, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramentos anormais, convulsões, ou portadores de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue como Doença de Chagas, Hepatite, AIDS, Sífilis, são impeditivos para doação.
Na Capital, o Hemosul da Avenida Fernando Corrêa da Costa, funciona das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira, e das 7h às 12h no sábado. É possível doar também no ponto de coleta da Santa Casa, das 7h às 12h, de segunda a sexta-feira, e no Hospital Regional. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (67) 3312-1500 ou (67) 98163-1547.
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