Criança diagnosticada com leucemia fez Letícia se tornar doadora de medula
Conforme o Registro Brasileiro de Doadores, em Mato Grosso do Sul há 167.829 voluntários cadastrados
O diagnóstico de leucemia em uma criança de dois anos, em Aquidauana, fez a secretária Letícia Tamanaka, de 25, se tornar doadora de medula óssea neste ano. Ao Campo Grande News, ela contou que a história não impactou apenas ela, mas muitas pessoas do município que aderiram à campanha devido à dificuldade em encontrar doadores compatíveis.
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Letícia Tamanaka, uma jovem de 25 anos, decidiu se tornar doadora de medula óssea após o diagnóstico de leucemia em uma criança de dois anos em sua cidade, Aquidauana. Ela se cadastrou no Redome, ressaltando a importância da doação, especialmente em um contexto onde as chances de encontrar um doador compatível são extremamente baixas. Desde 2022, Letícia já havia se comprometido com a doação de sangue, motivada por experiências pessoais e pela necessidade de ajudar aqueles que precisam. Para se tornar doador de medula óssea, é necessário ter entre 18 e 35 anos e realizar o cadastro em uma unidade do Hemosul, onde uma amostra de sangue é coletada para tipagem. O procedimento é custeado pelo SUS e é vital para pacientes com doenças que afetam a produção de células sanguíneas.
De acordo com o Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea), em Mato Grosso do Sul são 167.829 doadores cadastrados. Apesar da quantidade parecer alta, as chances do paciente encontrar um doador compatível quando não há parentesco, é uma em 100 mil, enquanto entre parentes a chance é de uma em cem.
Com esperança, Letícia acredita que o cadastro feito no Redome, na sexta-feira (10), possa fazer a diferença na vida da menina de Aquidauana ou de outra pessoa. "Eu acho que é uma ação necessária, porque apesar de ninguém ter precisado na minha família, estou vendo de perto pessoas precisando. Penso que isso se aplica também sobre as doações de sangue", contou a secretária.
Conforme o Inca (Instituto Nacional de Câncer), a doação de medula óssea é fundamental para pacientes com doenças que comprometem a produção de células sanguíneas, como leucemias e síndromes de imunodeficiência congênita.
Fazer o bem está na rotina da secretária desde 2022, quando passou a vir à Campo Grande acompanhando a avó que fazia exames na Santa Casa. "Enquanto meu pai estava com ela, eu ficava andando aqui pela Rui Barbosa. De tanto passar aqui em frente ao Hemosul, resolvi fazer minha primeira doação de sangue", lembrou Letícia.
Depois que a avó faleceu, Letícia continuou com o compromisso em salvar vidas com a doação de sangue. "É importante pensarmos que a gente não sabe o dia de amanhã. Amanhã alguém da sua família pode precisar, têm tipagens que são consideradas mais difíceis de conseguir doadores. Por isso não deixo de vir", finalizou a secretária.
Serviço - Para se tornar doador de medula óssea, é preciso ter de 18 a 35 anos e 9 meses, e realizar o cadastro no Redome em uma unidade do Hemosul. No momento do registro, é feita a coleta de uma amostra de sangue para o exame de tipagem. A doação de fato só ocorre quando houver a compatibilidade com um paciente, e todo o procedimento é custeado pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Conforme o Hemosul o doador não pode ter doença infecciosa ou incapacitante. Não pode também apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue), ou do sistema imunológico. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (67) 3312-1500 ou (67) 98163-1547.
A campanha "Solidariedade Não Tira Férias" é realizada pelo Campo Grande News em parceria com o Instituto Sangue Bom.
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