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Capital

Para coibir arremesso de droga, Máxima começa levantar muros em pavilhões

Medida veio após homem morrer em confronto com Choque durante tentativa de arremessar droga no presídio

Por Lucas Mamédio e Ana Beatriz Rodrigues | 21/05/2024 15:36
Interno construindo muro na área de convivência do presídio estadual (Foto: Paulo Francis)
Interno construindo muro na área de convivência do presídio estadual (Foto: Paulo Francis)

A Agepen começou a erguer quatro muros na área de convivência dos internos do Presídio de Segurança Máxima na região do bairro Noroeste. A medida tem o objetivo de inibir a prática dos “arremessos pombo”, quando criminosos jogam drogas, celulares e outros objetos de fora para dentro do estabelecimento penal por meio de drones ou outras formas.

Segundo Rodrigo Maiorchini, diretor-presidente da Agepen, serão dois muros construídos em cada um dos dois pavilhões. Um muro terá 8m de altura e outro 4m. Eles serão cobertos por uma tela.

Os muros custarão cerca de R$ 240 mil custeados com dinheiro do Estado. Ainda conforme Rodrigo, a construção do muro não tem a ver com o caso de Milton Cezar Santos de Souza, 35 anos, conhecido como “Cezinha”, morto após atirar contra policias penais e trocar tiros com o Batalhão de Choque, na madrugada deste domingo. Ele tentava arremessar droga para dentro do presídio.

“Esses muros (a construção) já estavam no planejamento da Agepen. Isso que aconteceu nesse fim de semana foi um fato isolado. Os outros quatro presídios estaduais de Mato Grosso do Sul, Ivinhema, Caracol, Bataguassu, São Gabriel e Naviraí, já possuem esses muros e há anos flagramos alguém tentando arremessar”.

Uma das área de convivência do presídio ainda sem o muro (Foto: Paulo Francis)
Uma das área de convivência do presídio ainda sem o muro (Foto: Paulo Francis)
Sala de monitoramento do presídio de segurança máxima (Foto: Paulo Francis)
Sala de monitoramento do presídio de segurança máxima (Foto: Paulo Francis)

Outras medidas

Além disso, Maiorchini disse que as vistorias periódicas continuarão sendo realizadas, bem como as operações pente-fino, quando há um emprenho maior de contingente nas buscas por drogas e outros objetos.

Além disso, sistemas de raio-x e bodyscam, que consegue ver o corpo da pessoas, são tecnologias implantadas ou atualizadas recentemente.

Morte de Milton

De acordo com o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Rigoberto Rocha da Silva, na madrugada de domingo uma equipe foi acionada porque um grupo de pessoas estavam tentando arremessar drogas no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho.

Rdrigo Maiorchini, diretor-presidente da Agepen durante entrevista em frente ao presídio (Foto: Paulo Francis)
Rdrigo Maiorchini, diretor-presidente da Agepen durante entrevista em frente ao presídio (Foto: Paulo Francis)

Houve troca de tiros entre os suspeitos e os policiais penais que estavam na torre de segurança da penitenciaria, inclusive marcas de balas foram encontradas no muro da unidade. Segundo o Rocha, o quando a equipe do Choque chegou, os policias penais passaram as características do suspeito e Milton foi localizado na Rua Adventor Divino de Almeida, nas proximidades do presídio.

“Houve o confronto e o suspeito acabou atingido por dois tiros, foi socorrido, mas morreu no UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nova Bahia. O que chama a atenção é que esse número de ocorrência envolvendo pessoas tentando arremessar objetos no interior do presídio tem aumentado, inclusive há dez dias houve uma ocorrência parecida que também resultou em um confronto”, esclareceu o tenente-coronel.

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