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Capital

Para suprir demanda da covid, HR prepara transferência de 46 pacientes

Unidade atingiu, nesta terça-feira, o índice inédito de 98% de ocupação de leitos críticos, durante a pandemia

Tainá Jara | 07/07/2020 18:41
Santa Casa tem maioria dos leitos ocupados por pacientes com traumas (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)
Santa Casa tem maioria dos leitos ocupados por pacientes com traumas (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

Após atingir, nesta terça-feira (7), o índice inédito 98% de ocupação nos leitos críticos, durante a pandemia, a administração do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) prepara a transferência de 46 pacientes, sendo 10 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para outros hospitais de Campo Grande.

De acordo com a diretora-presidente, Rosana de Melo, os pacientes serão realocados na Santa Casa, no Hospital Universitário e no Hospital de Câncer Alfredo Abraão. Não se tratam de casos de covid-19, já que o plano é deixar estas internações concentradas no hospital de referência. Os graves, por exemplo, são internados da unidade coronariana e outros de leitos de enfermaria.

Conforme boletim divulgado no final da tarde de hoje, pelo HR, dos 86 leitos críticos da unida, apenas dois estavam disponíveis. Diante da alta demanda, a unidade vai ativar mais 4 leitos críticos até o final do dia, de forma emergencial. Respirados e monitores foram retirados da SES (Secretaria de Estado de Saúde) para serem levados para o 7º andar do Regional.

A diretora afirma que o alto índice de ocupação está diretamente relacionado com as baixas taxas de isolamento social e pode dificultar futuras transferências. “Na época que teve obediência ao isolamento, a quantidade de traumas que chegava na Santa Casa, por exemplo, foi muito baixa. Então, poucos paciente íam para lá. Final de semana, o que teve de pacientes por trauma e por queda. Isto sobrecarrega e muito”, pontou.

Hospital de Campanha – Embora já estava com 12 pacientes, o hospital de retaguarda, instalado no estacionamento do HR, não receberá pacientes mais do seis paciente desta leva de transferências. De acordo com a diretora, a unidade tem condições apenas de receber pacientes que precisam de cuidados mínimos ou intermediários.

“A tenda tem capacidade de receber 144 pacientes. Nós temos para hoje, se eu precisar colocar, 44 leitos preparados. É uma estrutura que é a exceção da exceção. O ideal é que o paciente vá para outro hospital. Se os hospitais tiverem lotados, aó a gente vai colocar lá”, explicou.

Leitos particulares – Há ainda 90 leitos contratados pela prefeitura na Clínica Campo Grande, no Hospital El Kadri e no Proncor para dar suporte aos pacientes SUS (Sistema Único de Saúde), durante a pandemia. São leitos clínicos adultos, com valor de R$ 650, e leitor de UTI, no valor unitário R$ 2.750.

“A prioridade quando de trata do SUS, é sempre hospitais públicos, depois os filantrópicos e depois os privados. A gente vai tentar transferir para os públicos e filantrópicos, como Santa Casa e Hospital do Câncer. Se encher, aí sim vamos para os privados”, explicou Rosana.

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