Para tirar o "pé da lama", moradores querem asfalto em rua de UPA
Vizinhança vive na esperança de asfalto para acabar com transtorno na Rua Lúcia Helena Coelho Maimone
Moradores do Bairro Santa Mônica, região oeste de Campo Grande, vivem na esperança de ver a Rua Lúcia Helena Coelho Maimone receber asfalto e dar fim aos transtornos enfrentados pelos comerciantes e pelos pacientes da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro. Em dias chuvosos, como a manhã desta terça-feira (30), o lamaçal se torna uma zona de perigo para carros, motos e pedestres.
Conforme observado pela reportagem no local, os poucos condutores que passavam pela via dirigiam em baixa velocidade para evitar transtornos. Como o pedaço da calçada é estreito, os veículos paravam bem rente ao concreto para os pacientes descerem. No caso dos pacientes que chegavam a pé, o jeito era passar pelo barro, desviando das poças de água e com muito cuidado e atenção para não escorregar.

Os dias chuvosos são os piores. Sem alternativas, a paciente da UPA, Maria Carvalho Cavalcante, 57 anos, comenta que o jeito é "enfiar o pé na lama" escorregadia. Maria está fazendo acompanhamento com antibióticos após sofrer um acidente doméstico.
No sábado (28), quando foi até a unidade, a mulher e o filho, de 14 anos, escorregaram na lama. "Já era para ter feito um assalto aqui. Eu pego ônibus lá no Núcleo Industrial, desço lá na beira da BR e venho aqui a pé. Nessa lama!", expressa.
Moradora do Indubrasil, Maria contou para a reportagem que costuma receber atendimento corriqueiramente na unidade e enfatiza: "acho que essa é a única UPA sem asfalto na cidade".
A comerciante Valéria Nunes, 52 anos, tem uma lanchonete bem em frente à unidade de saúde e relata que com frequência observa pacientes escorregando na lama e com dificuldade de acesso ao local. "Em frente à UPA não pode ficar numa situação dessa né. Quando um cadeirante chega aqui pra descer, tem que descer dentro da poça d'água. Você chega passando mal, escorrega, cai, e fica pior do que estava".
Segundo a comerciante, na última sexta-feira (27), foram iniciadas obras de esgoto na rua, e agora está na expectativa de que o trecho seja asfaltado. Na noite desta segunda-feira (28), Valéria gravou imagens de como a rua estava antes da patrola passar pelo asfalto, para amenizar os riscos de atolamento. "Está bem melhor agora, ontem à noite só por Deus".
A reportagem entrou em contato com a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) para questionar a respeito da obra que os moradores relataram e se a rua está no cronograma de ruas que serão asfaltadas na Capital. Até a publicação da matéria, ainda não havia retorno.