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Capital

Secretário mantém linha-dura e diz que não olha nem na cara de grevista

Aline dos Santos e Márcio Breda | 17/01/2011 09:20

A prefeitura de Campo Grande mantém linha-dura em relação à greve dos agentes de saúde pública e controle de epidemiologia. A paralisação chega ao décimo quarto dia sem nenhum sinal de entendimento.

“Não vamos nem olhar na cara dos agentes em greve”, afirma o secretário municipal de Saúde, Leandro Mazina Martins. A declaração se alinha à postura da prefeitura, que dará início à negociação somente dois dias após o fim da greve e se todos os agentes retornarem ao trabalho.

A greve foi declarada ilegal e abusiva pela justiça, que fixou multa de R$ 25 mil para Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública em Campo Grande em caso de descumprimento da decisão. Na mesma ação, a prefeitura pede que a multa seja extensiva aos agentes. “Não podemos aceitar uma greve considerada abusiva”, salienta o secretário. O sindicato representa cerca de 630 agentes. “A greve não tem adesão nem de 50% dos servidores”, afirma Martins.

A prefeitura criou comissões e instaurou processo administrativo contra os sindicalistas e 355 agentes. Os grevistas também terão o ponto cortado. Os agentes reivindicam aumento salarial de R$ 700 para R$ 2.100.

Dengue - Os servidores atuam no combate à dengue e a greve coincide com o período de chuvas e calor, favoráveis à proliferação do mosquito Aedes Aegypti.

Hoje, no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), a prefeitura formaliza a parceria com o CMO (Comando Militar do Oeste), que vai disponibilizar 100 homens do Exército para atuar no combate à dengue e leishmaniose em Campo Grande.

A parceria já foi realizada em 2007, no auge de uma epidemia de dengue. Conforme Leandro Mazina, o apoio do Exército não é em função da greve dos agentes. “A parceria foi feita em novembro, portanto, antes da greve”.

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