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Capital

Passageira diz que está com gripe e avião fica retido em aeroporto

Natalia Yahn | 08/04/2016 12:52
Avião ficou parado por um tempo no aeroporto da Capital. (Foto: Direto das Ruas)
Avião ficou parado por um tempo no aeroporto da Capital. (Foto: Direto das Ruas)

Uma aeronave da Tam, que transportava a passageira de 57 anos com suspeita de dengue, foi interditada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O avião será inspecionado, após informações não confirmadas de que a mulher estaria com influenza A (H1N1), conhecida também como gripe suína.

A mulher, que passou mal durante o voo de Guarulhos (SP) para a Capital, comentou com outros passeiros que em São Paulo foi atendida em uma unidade de saúde por estar suspeita de gripe A (H1N1). Ela recebeu no estado vizinho cápsulas de oseltamivir, medicamento comercialmente conhecido como Tamiflu, indicado para pessoas com os sintomas de influenza.

“Na verdade foi um apavoramento geral da tripulação. Ela teve um mal estar por conta do voo e não da possível doença, não desmaiou e nem nada do tipo. Por ter comentado que estava tomando o Tamiflu, já avisaram a torre de controle, que acionou a Anvisa”, explicou o coordenador do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Luiz Antonio Moreira da Costa.

Porém, quando a equipe do Samu chegou ao local para o socorro a passageira estava bem, andando normalmente. “Ela queria pegar as malas na esteira, não queria ir, disse que estava bem. Mas a convencemos e conseguimos levar para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida. Agora, a parte engraçada da história é que o avião está lacrado na pista, o circo armado e mulher não tem nada (grave)”.

O avião está parado na pista do Aeroporto Internacional de Campo Grande, ainda sem previsão de ser liberado novamente para voos. A aeronave iria continuar viagem, para um local não revelado, e os passageiros tiveram que ser removidos para outros aviões.

Este ano em São Paulo, só até o dia 26 de março foram mais de 500 casos de gripe grave – 440 relacionados ao H1N1. Das 76 mortes, 71 relacionadas ao H1N1. A maioria das mortes foi registrada em São Paulo e o estado antecipou a campanha de vacinação. "Provavelmente entraram com medicação por conta da situação em São Paulo. Ela tinha febre, mal estar e dor no corpo. Até que provem o contrário é dengue”, disse Costa.

Caso - O comandante do voo informou a companhia aérea sobre o caso, em seguida a Anvisa acionou a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), que iniciou plano de emergência.

A Infraero confirmou que a tripulação do voo informou que a mulher estaria com influenza A (H1N1). A passageira foi socorrida às 9h52 – mais de uma hora após o pouso da aeronave, que já estava em pista às 8h37 –, e levada para a UPA da Vila Almeida.

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