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Capital

Passageiros elogiam piloto e falam sobre 1h de tensão em voo da Avianca

Helton Verão e Ângela Kempfer | 30/03/2014 23:50
O avião aterrizou com segurança, por volta das 22h30 deste domingo (Foto: Marcos Ermínio)
O avião aterrizou com segurança, por volta das 22h30 deste domingo (Foto: Marcos Ermínio)

Após uma hora de medo no ar, os passageiros do voo que ia de Campo Grande a Cuiabá desembarcaram emocionados no Aeroporto da Capital. A aeronave, que partiu às 19h15, precisou retornar por conta de problemas no trem de pouso. Já em solo, todos elogiaram a tranquilidade do piloto na hora de adotar os procedimentos necessários e de comunicar a situação aos 76 passageiros a bordo.

O avião chegou a se aproximar para a aterrissagem em Cuiabá e em seguida arremeteu, subindo novamente porque o trem de pouso não abriu. “Quando ele comunicou o problema, os passageiros todos ficaram bem tensos. Tivemos que fazer todo procedimento de emergência. Meu corpo todo tremia. Algumas pessoas passaram mal”, relembra a professora Carla Locatelli, 29 anos.

O piloto ainda fez nova tentativa para baixar o trem de pouso, sem sucesso. Como a pista de Cuiabá é mais curta que a de Campo Grande, a decisão foi voltar a Mato Grosso do Sul. “Não vou ter medo de voar, até porque precisamos, mas agora tenho medo da Avianca”, completa Carla, que ao desembarcar não resistiu e chorou no saguão.

Outra passageira que estava a bordo, mas muito nervosa não quis se identificar, lembra da cerca de uma hora de tensão. “Sempre viajo de avião, mas foi muito difícil. O piloto tentou nos acalmar o tempo todo, mas as pessoas choravam. Na última meia hora, ele ficou o tempo todo preparando a gente para o pouso de emergência”, conta.

Na semana passada, a mesma pane provocou pouso de barriga de aeronave da Avianca em Brasília. “O piloto chegou a citar o caso que aconteceu em Brasília para os passageiros, até para tentar passar tranquilidade de que tudo ia dar certo”, ressalta a universitária que ia para Cuiabá, mas também não quis falar o nome completo por "medo de alguma complicação com a Avianca". 

A jovem foi recebida pela família no Aeroporto de Campo Grande. Os pais, ainda muito tensos, contam que ficaram sabendo da pane ocorrida em Cuiabá por amigos da estudante que ligaram, assim que perceberam o problema. "Dai corremos pra cá. Quando chegamos na Duque de Caixas e vimos tudo interditado bateu o medo", lembra a mãe que reclama da falta de informações da Avianca. "Ficamos aqui esperando, mas ninguém informou nada."

O assessor de imprensa do senador Delcídio do Amaral, Ângelo Rabelo, também estava no voo, ia a Cuiabá para a audiência pública sobre o Pantanal. Bem mais tranquilo que as outras passageiras, ele considerou o problema algo normal. “O piloto foi muito profissional. Disse que sentiu o trem de pouso abrindo, mas como a luz não acendeu no painel de controle, achou melhor não arriscar"

Segundo relatos dos passageiros, o piloto disse que uma ave bateu no trem de pouso assim que o equipamento desceu, o que provocou um problema de comunicação e impediu que o sinal luminoso da cabine fosse acionado.

Aqui, antes de optar pelo pouso de barriga, o piloto fez um voo mais baixo, para que a torre detectasse visualmente se o trem de pouso estava lá. Como o equipamento apareceu, a descida foi normal, sem a necessidade de qualquer procedimento de emergência.

Na pista, viaturas do Samu e do Corpo de Bombeiros esperavam a aeronave, por questão de segurança, mas ninguém ficou ferido. Alguns passageiros tiveram apenas problemas de pressão.

A Avianca disponibilizou outra aeronave para que os passageiros finalmente seguissem para Cuiabá. A maioria aceitou, mas outros ficaram aqui mesmo em Campo Grande. 

Piloto teve que fazer pouso de emergência no aeroporto da Capital. (Foto: Marcos Ermínio)
Piloto teve que fazer pouso de emergência no aeroporto da Capital. (Foto: Marcos Ermínio)
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