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Capital

Pedreiro diz que matou Silvana por pagar 1h de sexo e aproveitar "só 30 minutos"

Jovem de 27 anos foi preso e confessou ter matado, porque pediu ressarcimento, mas não recebeu

Geisy Garnes e Cristiano Arruda | 27/08/2021 11:48
Silvana foi morta no dia 17 de agosto. (Foto: Reprodução)
Silvana foi morta no dia 17 de agosto. (Foto: Reprodução)

Silvana Domingos dos Santos, de 31 anos, foi assassinada a golpes de barras de ferro, após discutir sobre o valor cobrado em um programa sexual com o assassino. Segundo a polícia, pedreiro de 27 anos matou simplesmente porque a vítima se recusou a devolver metade do dinheiro depois de ficar menos tempo do que o combinado entre eles.

O suspeito foi identificado graças ao celular da vítima, levado por ele e vendido por R$ 500 depois do crime. Com ajuda do setor de investigação da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), as equipes rastrearam o aparelho, "que foi localizado ontem", explicou a delegada Bárbara Camargo Alves.

Segundo a polícia, o homem matou Silvana, porque exigiu que ela devolvesse parte do dinheiro pago por uma hora de programa. “Ele conversou com a vítima por aplicativo, concordou em pagar R$ 100 por uma hora, mas só ficaram por 30 minutos. Ele exigiu que ela devolvesse metade do valor (R$ 50) e eles se desentenderam”.

Delegados responsáveis pela investigação durante coletiva de imprensa. (Foto: Marcos Maluf)
Delegados responsáveis pela investigação durante coletiva de imprensa. (Foto: Marcos Maluf)

Durante a briga, o suspeito foi até o quintal da casa, pegou uma barra de ferro, voltou para o quarto e matou a vítima espancada.

Desacordo – Ainda segundo as investigações, o desentendimento entre Silvana e o suspeito começou bem antes do crime. O homem foi a casa por duas vezes, mas na primeira, foi embora antes do concluir o programa, porque a vítima não estava sozinha, conforme eles haviam combinado por mensagem.

Neste dia, duas amigas da vítima também estavam no local. Ele retornou para casa e voltou a conversar com a vítima por aplicativo. Horas depois, seguiu novamente para o local. Desta vez, Silvana estava sozinha e acabou assassinada.

"A gente perguntou se ele já tinha agredido alguma mulher e ele acabou falando que só agrediu ela pela condição (de garota de programa)", comentou a delegada. Por conta disso, o pedreiro responde a homicídio qualificado por feminicídio, já que matou por menosprezar a vítima na condição de mulher. Para a polícia, ele ainda cometeu o crime por motivo fútil.

O suspeito foi encontrado na casa dos pais, no Jardim Leblon. Ele é solteiro e já possui passagem pelo crime de maus-tratos cometido contra a filha de ex-mulher.

O crime - Silvana foi encontrada no dia 17 de agosto, em uma casa do Jardim Los Angeles. Ela estava em cima da cama, apenas de calcinha e com ferimentos na cabeça. Inicialmente, a polícia suspeitou que ela havia sido morta com três tiros na parte posterior do crânio.

Mais tarde, a perícia constatou que as lesões eram resultado de pancadas consecutivas, feitas com pedaço de madeira ou ferro. Ex-namorado da vítima, um dos suspeitos pelo assassinato, foi ouvido logo após o crime e apresentou um álibi.


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