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Capital

Pedreiro que matou ex na frente dos filhos é condenado a 26 anos de prisão

Eloísa Rodrigues de Oliveira foi morta há exatos sete meses e acusado passou por julgamento nesta quarta-feira

Ana Paula Chuva | 16/11/2022 14:22
Fabiano durante julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Fabiano durante julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

O pedreiro Fabiano Querino dos Santos foi condenado a 26 anos e cinco meses de prisão pela morte da ex-esposa, Eloísa Rodrigues de Oliveira, 36. O caso aconteceu há exatos sete meses, dia 16 de março deste ano, quando a mulher foi morta a facadas na frente dos filhos na casa onde morava no Bairro Parque do Lageado, em Campo Grande. O julgamento aconteceu na manhã desta quarta-feira (16).

Eloísa foi esfaqueada na frente dos três filhos na casa onde morava, na Rua Manoel Marcelino Rodrigues. Uma das filhas, de 5 anos, foi quem saiu na rua pedindo socorro. Logo em seguida, a mulher saiu ensanguentada da casa. A mulher foi socorrida por uma vizinha, que tentou estancar os ferimentos até a chegada da ambulância. Depois, foi levada para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte. A vítima já havia registrado inúmeros boletins de ocorrência contra o agressor.

Três dias depois o pedreiro foi preso pelo crime e chegou a dizer que preferiu matar do que bater, além de afirmar que a vítima teria dado todos os motivos para ser assassinada. Na época, Fabiano alegou que agiu por ciúmes, desconfiado de "traição". Contudo, ao ser interrogado pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos nesta quarta, disse que não estava mais casado com Eloísa e que a matou após ela ter "armado" para matá-lo.

Durante o interrogatório, Fabiano contou que estava morando em Ribas do Rio Pardo, o que não condiz com o relato na época em que foi preso, de que estava trabalhando em Aquidauana, e que recebeu ligações de Eloísa dizendo que o filho estava doente e que teria que seguir para a Capital pois precisava de ajuda.

Ele afirmou ainda que viajou até Campo Grande e descobriu que o filho não estava doente. Depois, ao procurar a ex, foi surpreendido por tiros na casa. "Eu fui no hospital e vi que era mentira. Fui no bairro, quando cheguei fui surpreendido por um cara que estava com ela, que deu vários tiros para cima, para me assustar", alega. Ele alega que ficou nervoso e foi atrás do atirador.

Ao retornar, questionou a mulher, pedindo informações do suposto atirador e os dois discutiram. Ele então conta que pegou uma faca na gaveta e diz ter dado um único golpe em Eloísa, no entanto, a perícia encontrou cerca de quatro ferimentos na vítima. Fabiano contou que deixou a arma usada no crime e saiu tranquilamente do imóvel e foi para um matagal onde ficou escondido. NO dia seguinte pegou uma van e foi para Ribas do Rio Pardo.

Fabiano sentou no banco dos réus da 2ª Vara do Tribunal do Júri nesta quarta e foi condenado por feminicídio por motivo torpe com recurso que dificultou a defesa da vítima com pena de 26 anos e 5 meses de prisão.

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