Pela terceira vez, volta às aulas na rede privada é adiada, agora para setembro
MPMS, Sesau e representantes de escolas particulares fizeram acordo e voltar a se reunir em 3 de setembro
Pela terceira vez, a volta às aulas na rede particular de ensino será adiada. Representantes de escolas contavam com autorização para a retomada a partir de 24 de agosto, mas saíram frustrados de reunião com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e Prefeitura de Campo Grande na tarde de hoje.
Um novas reunião foi marcada para o dia 3 de setembro para bater o martelo sobre um possível retorno em 10 de setembro.
“A gente sabe que os números não estão favoráveis e a decisão é tomada em conjunto. Achamos melhor voltar mês que vem”, disse Lúcio Rodrigues Neto, presidente da Associação das Instituições de Ensino Particular, que representa 84 colégios particulares de Campo Grande, sem dar uma data.
Maria da Glória Paim Barcellos, do Sinepe (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Mato Grosso do Sul), que representa 380 escolas particulares em todo Estado e mais 48 faculdades privadas, afirma que a volta só acontecerá quando houve mais segurança.
"As nossas escolas seguem a orientação dos órgãos públicos. Queremos preservar a vida dos nossos alunos, professores e todo o corpo escolar. As escolas estão preparadas, têm planos de biossegurança, mas as aulas estão acontecendo de forma retoma e temos condições de continuar assim por mais um mês".
Depois que a data para retorno foi adiada de 1º de julho para 17 do mês passado, um grupo de escolas dava como certa a volta no dia 24 deste mês. Hoje, antes da reunião, a promotora Filomena Depolito Flluminham e o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, haviam dito que “não era o momento”.
"Esta é a quarta reunião do grupo especial. Estamos acompanhando de perto para que o retorno aconteça. Na última reunião, a volta havia sido fixada para o dia 24 de agosto. Mas, analisando a situação atual, em Mato Grosso do Sul e na Capital, o momento é de eclosão da covid. Vidas foram perdidas, hospitais tiveram registro de ocupação 100% das UTIs [Unidades de Tratamento Intensivo], então precisamos atuar com coerência. É primordial o direito à vida", afirmou a promotora Vera Aparecida Cardoso Bogalho Frost Vieira, coordenadora-adjunta do Geduc (Grupo de Atuação Especial de Educação).
A promotor a Filomena completou com números. "Hoje, por exemplo, Campo Grande passou dos 14 mil casos e também aumentou o número de internações e óbitos". A Capital, até a manhã desta quinta-feira (13), tinha 14.600 casos positivos, 660 registrados em 24 horas, e 212 mortes causadas pela covid-19.
O secretário concluiu falando da ocupação de leitos e disse que a decisão foi conjunta. "Números apresentados pela Saúde, mostram a ocupação atual de 79% das UTIs. Essa [decisão de adiar a voltas às aulas] é uma construção à quatro mãos".