Pesando 300 quilos, Fabiano precisa de ajuda para perder 30% do peso
Recomendação é que ele use o balão intragástrico, que pode custar até R$ 12 mil
“Não posso trabalhar, a mobilidade é quase zero, não tenho vida social, pois quase não saio de casa, nem chinelo eu uso”, o depoimento é do confeiteiro Fabiano Ferreira, 36 anos, que vive o drama de pesar 300 quilos e ter de emagrecer ao menos 90 para ser submetido a uma cirurgia na perna direita.
É que, por conta do peso, ele teve erisipela, uma doença infecciosa aguda, causada por infecção de pele. “O problema é que por causa disso, a perna fica muito inchada e endurecida . Cheguei a ficar internado em 2011, quando descobri que estava com essa doença”, contou.
De lá para cá ele faz o tratamento e, eventualmente, quando não consegue os medicamentos para evitar inflamação, problemas circulatórios e coagulação do sangue, tem crises que provocam tontura, dor de cabeça, falta de ar, febre forte e ânsia de vômito.
Fabiano Ferreira faz o tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e em conversa com os médicos, chegou-se à conclusão de que um balão intragástrico por um ano seria o recomendado para que ele emagreça ao menos 90 quilos e seja submetido à cirurgia na perna. “Nessa cirurgia o médico retiraria pele e gordura, talvez não seja nem necessário fazer redução de estômago depois”, disse.
Desinformação – De 2011 até agora ele faz o tratamento da erisipela e em setembro deste ano teve a informação de que o SUS pode disponibilizar o balão intragástrico, uma balão de silicone colocado no estômago por endoscopia, com o balão ocorre redução do apetite e aumento da saciedade. Fabiano entrou com a solicitação e aguarda a liberação. Utilizando o balão por um ano ele acredita que seja possível perder até 100 quilos.
Estar acima do peso sempre foi algo constante na vida de Fabiano. “Nasci com 4 quilos, aos 17 anos já pesava 150 ; aos 25 anos 160 quilos; aos 30 anos cheguei a pesar 200 quilos e agora 300”, contou.
Mesmo estando acima do peso, ele, até então, seguia uma vida normal. “Trabalhava, fazia as minhas coisas e estava tudo bem. Sempre fui muito ativo”, recorda. Mas quando teve a primeira crise de erisipela, em 2011, chegando a ficar uma semana internado, a situação se complicou.
Hoje ele mora sozinho em um quarto com banheiro, recebe ajuda da mãe e de uma outra pessoa para os cuidados com a casa. Como não consegue mais trabalhar há um ano ele obteve o benefício do LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social), que assegura o pagamento de um salário mínimo. “A situação é dificultosa, mas creio que pela fé em Deus seja possível conseguir uma solução”.
A reportagem tentou obter com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), informações sobre o andamento da solicitação de Fabiano Ferreira, mas até a conclusão deste texto não obteve retorno.
Os interessados em ajudar Fabiano Ferreira de alguma forma podem entrar em contato pelo telefone (67) 99217-2832