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Capital

Piloto alega que ficou "transtornado" de ver filho de 10 anos apanhar de vizinho

Ele passou por audiência de custódia e continua preso por que ainda não pagou a fiança arbitrada pelo juiz; valor é R$ 100 mil

Maressa Mendonça | 02/01/2020 13:06
Apartamento invadido por piloto ficou destruído (Foto: Divulgação)
Apartamento invadido por piloto ficou destruído (Foto: Divulgação)

O piloto de avião Jonas Mongenot Junior, de 41 anos, preso após destruir o apartamento do vizinho na noite do dia 31 para o dia 1º, em Campo Grande disse ter ficado “transtornado” após o filho ter recebido um “tapa na orelha” do advogado Munir Jorge, de 56 anos. Ele passou por audiência de custódia e continua preso porque não pagou a fiança de R$ 100 mil.

Em depoimento à Polícia Civil, Mongenot contou que havia comprado bombinhas para estourar na Avenida Afonso Pena, quando foi abordado por Munir e agredido com um soco. Segundo ele, o advogado também teria dado um tapa no filho dele de 10 anos.

Ele disse ter ficado "transtornado após ver seu filho apanhar" e confessou ter riscado o carro, derrubado a moto, arrombado a porta da casa do vizinho e ter destruído vários objetos com o auxílio de extintores de incêndio.

O piloto disse ainda que não estava bêbado quando se envolveu na confusão e reforçou ter perdido a cabeça apenas “porque viu o filho ser agredido”. Ele disse não ter feito nenhuma ameaça contra o advogado e contou também não ter arma em casa.

Outras passagens - Mongenot já tem outras passagens pela polícia. Ele já foi investigado por violência doméstica em caso que a mulher chegou a pedir medidas protetivas contra ele. Também tem passagens por ameaça e crime de trânsito. Ele chegou a ter a CNH suspensa.

Na audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (2), o advogado Jaques Fortes de Andrade, representante do piloto, argumentou que não havia requisitos previstos na lei, como a garantia da ordem pública, para manter o cliente preso. O juiz Luiz Felipe Medeiros Vieira concordou em libertar Jonas, mas impôs fiança de R$ 100 mil. Até o fechamento da reportagem, o valor não tinha sido pago.

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