Pivôs de perseguição no Centro tentaram dar golpe de R$ 35 mil
Alerta vindo da polícia de Dourados indicou que estelionatários agiam no Centro da Capital; ação rápida teve veículos invadindo a contramão da 13 de Maio, colisão em veículos e prisões
Um alerta vindo da Polícia Civil de Dourados –a 226 km de Campo Grande– culminou na operação policial que, na tarde desta terça-feira (5), flagrou três pessoas tentando aplicar um golpe de R$ 35 mil em uma instituição financeira no Centro da Capital. Durante a ação, houve perseguição e um automóvel invadiu a contramão da rua 13 de Maio, no cruzamento com a avenida Afonso Pena, e atingiu pelo menos dois veículos.
O trio é suspeito de integrar uma quadrilha de estelionatários que, usando documentos falsos, contratavam empréstimos consignados junto a instituições financeiras. A ação policial foi realizada pelo GOI (Grupo de Operações e Investigações).
Conforme o delegado Enilton Zalla, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, um comunicado vindo de Dourados apontava que o trio estaria agindo nesta tarde no Centro da Capital. Com a informação de que uma mulher envolvida com os fatos estava em um automóvel verde, quatro policiais foram deslocados para a região do local indicado –próximo a cruzamento da avenida Afonso Pena com a 13 de Maio.
Dois policiais civis avistaram um Chevrolet Cruze (placas FED-1537, de Campo Grande) e tentaram fazer a abordagem. Contudo, o motorista teria jogado o carro contra as autoridades e iniciado a fuga, invadindo a contramão da 13 de Maio. Na manobra, um Fiat Palio e um Ford Fiesta foram atingidos pelo veículo onde estavam os suspeitos.
Os policiais efetuaram dois disparos, atingindo o pneu do Cruze. O motorista deste carro desceu e tentou fugir a pé, mas acabou alcançado. Uma mulher também teria tentado escapar, enquanto uma terceira ocupante –supostamente uma adolescente– desceu do carro e foi para a calçada, levando consigo um notebook.
“Treinamento” – Segundo Zalla, a mulher mais velha teria tentado realizar um empréstimo consignado de R$ 35 mil em uma instituição financeira usando documentos falsos, quando houve o flagrante. Questionada, ela teria admitido às autoridades que participava do golpe, e que ficaria com R$ 7 mil do valor do empréstimo.
A acusada também disse que foi “treinada” para decorar os nomes que constavam nos documentos falsos. “É comum usarem pessoas com semblante de inocência para facilitar a aplicação do golpe”, afirmou Zalla, que considerou a abordagem bem sucedida.
O trio deve ser autuado em flagrante –as identidades não haviam sido confirmadas até a publicação desta reportagem, uma vez que no Cruze havia vários documentos falsos. O caso será remetido para a 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, que vai investigar a extensão da atuação da quadrilha.