PM de folga perseguiu e atirou contra assassino de rapaz em frente a tabacaria
João Matheus tinha 20 anos e foi alvo de 18 tiros que atingiram a cabeça dele; morte é investigada
A Polícia Civil identificou como João Matheus Pinheiro Duarte Gomes, de 20 anos, o rapaz morto em frente a uma tabacaria do Bairro Caiçara, na madrugada deste domingo (17). Um sargento da Polícia Militar, que estava de folga e na tabacaria naquele momento, disse que perseguiu os atiradores e acreditava ter acertado algum, mas eles conseguiram fugir.
A polícia tenta ligar os pontos para chegar as circunstâncias da morte de João Matheus. Inclusive, uma segunda morte foi informada no Hospital Regional e, inicialmente, tratada como sendo um dos executores de João, alvejado pelo PM de folga. Mas, até o momento, os casos são distintos.
Entenda - João Matheus estava na tabacaria, que fica no cruzamento da Rua do Ouvidor e Avenida Roseira, quando saiu e foi urinar embaixo de uma árvore. Na sequência, foi interceptado pelo autor, que utilizava capuz vermelho e efetuou cerca de 18 disparos contra a cabeça da vítima.
Houve correria na tabacaria e, na sequência, moradores ouviram mais disparos a duas quadras da tabacaria. Foi o momento em que um sargento da Polícia Militar perseguiu e trocou tiros com os suspeitos.
Perseguição - O sargento contou que estava de folga e curtindo na tabacaria, quando escutou os tiros do lado de fora. Ao sair, viu João Matheus caído e dois homens correndo. Então, pegou a motocicleta e junto com um amigo na garupa, foram atrás dos suspeitos. No cruzamento das Ruas São Ciro e Rocha Pombo, interceptaram os suspeitos, que reagiram com tiros. O sargento disse que freou a moto, derrapou e acabou caindo no chão.
Neste momento, passou a trocar tiros com a dupla e o amigo que ocupava a garupa tentava se abrigar dos disparos. Na sequência, os dois suspeitos conseguiram correr e sumiram. O sargento disse que pegou novamente a moto e tentou encontrá-los, mas sem sucesso. Então retornou ao local onde João Matheus foi morto para informar os fatos para os policiais que atendiam a ocorrência.
No relato, o sargento disse que acreditava ter acertado algum deles e que este havia morrido no Hospital Regional. Contudo, houve sim uma entrada de uma vítima baleada no hospital, mas sem relação com a troca de tiros. Ainda, a Polícia Civil informa em boletim de ocorrência que checou e não encontrou relação dessa segunda morte com o crime na tabacaria e nem com a perseguição relatada pelo sargento da PM. "Confrontando informações, concluiu-se que não houve envolvimento, tratando-se de outro fato", diz trecho do boletim de ocorrência.
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