Polícia busca substâncias que causaram morte de mulher após quimioterapia
A Polícia Civil, juntamente com peritos e uma médica da Santa Casa de Campo Grande, exumou na manhã desta sexta-feira (08) o corpo de Carmen Insfran Bernard, que morreu no dia 10 de julho, aos 48 anos, vítima de complicações após sessões de quimioterapia. As autoridades buscam substâncias que podem ter levado a mulher a óbito. Outras duas morreram dois dias depois.
Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, os restos mortais que estavam no Cemitério Memorial Park, na Vila Santa Branca, foram encontrados em bom estado de conservação, o que permite uma análise mais apurada. Ela se diz bastante esperançosa. “Tudo está sendo devidamente apurado para que possamos detectar as reais causas das mortes”, explicou a delegada.
O corpo foi encaminhado ao IML (Instituo Médico Legal), onde será submetido a laudos necroscópicos. De acordo com Medina, duas hipóteses são tidas como principais. “No decorrer das investigações chegamos a algumas constatações, mas não podemos descartar o medicamento como possível responsável, nem mesmo uma falha humana”, disse.
Ainda nesta sexta, a delegada e uma equipe de policiais e peritos exumam o corpo de Maria Da Glória Guimarães, 61 anos. Na segunda-feira será a vez do corpo de Norotilde Araújo Greco, 72 anos. Ambas morreram dois dias depois de Carmem. As três tinham câncer colorretal e faziam tratamento de quimioterapia na oncologia da Santa Casa da Capital. Todas foram tratadas com o medicamento Fluorouracil (5-FU).