Polícia não prova elo entre assassinos de policial e ladrões de malotes
A Polícia Civil não conseguiu provar se a quadrilha que matou o policial militar Rony Mayckon Varoni de Moura da Silva, de 28 anos, durante latrocínio ocorrido no dia 3 de junho, é a mesma que roubou malotes de clientes de agências bancárias de Campo Grande, no mesmo período. Roubos seguem impunes.
Segundo o delegado Fábio Peró, da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), o modo de atuação dos criminosos dificultou a identificação por parte das vítimas, e consequentemente o trabalho da polícia foi prejudicado.
Apesar da semelhança nos crimes, não foi possível provar se os ladrões que atacaram o policial foram os mesmos que roubaram outros dois malotes (um de R$ 20 mil e outro de R$ 50 mil).
De acordo com o delegado, as vítimas não puderam passar informações concretas que incriminassem o bando. “Eles (ladrões) agem sempre rápidos, de moto, com os rostos encobertos por capacetes. Na maioria dos casos, a vítimas foram ameaçadas e não olharam diretamente para os autores. Esses têm sido alguns dos obstáculos”, disse Peró.
Elucidação - Se por um lado os roubos de malotes seguem impunes, mas sob investigação, por outro, o latrocínio que vitimou o PM está esclarecido, afirma Peró. Kelvin Wilian Santarosa, de 21 anos, e Rafael Fernandes de Quadros, de 23 anos, foram presos no dia 7 de Junho pela Polícia Rodoviária Federal, na BR-267, em Guia Lopes da Laguna, a cerca de 233 quilômetros da Capital.
No mesmo dia, um adolescente de 17 anos que vinha sendo investigado por participação no crime, entrou em confronto com a polícia na Rua Taumaturgo, no bairro Aero Rancho. Ele foi baleado em trocar tiros e chegou a ser socorrido, mas morreu na Santa Casa. Uma terceira pessoa, que não teve a identidade divulgada, está foragida. “A prisão dele (foragido) já foi decretada, mas até o momento ele não foi encontrado”, disse.