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Capital

Policial penal nega agressão a ex e afirma que a mulher abusa do álcool

Corretora de imóveis fez vídeo alertando sobre violência doméstica e alegou ter sido agredida pelo ex-marido

Por Ana Paula Chuva e Dayene Paz | 10/10/2023 13:27
Conversa entre policial penal e mãe da corretora no dia em que pedido de divórcio foi feito (Foto: Arquivo Pessoal)
Conversa entre policial penal e mãe da corretora no dia em que pedido de divórcio foi feito (Foto: Arquivo Pessoal)

Policial penal de 41 anos negou que tenha agredido a ex-esposa, corretora de imóveis de 31 anos. O caso aconteceu em junho deste ano, mas só foi divulgado pela mulher na última sexta-feira (6), após um vídeo publicado em suas redes sociais. O homem procurou o Campo Grande News nesta terça-feira (10) e afirmou que a suposta vítima tem problemas de dependência com bebidas alcoólicas.

O policial confirmou que o casal começou a morar junto em 2012 e o primeiro filho veio quatro anos depois, desde então, a corretora de imóveis passou a ingerir bastante bebida alcoólica. “Acredito que no casamento a gente tem que ajudar a pessoa. Tentei ajudar ela, mas ela agia como se fosse normal. Saía de casa e voltava três dias depois”, disse o homem.

Segundo ele, ao contrário do que a mulher relata, ele quem teria pedido a separação e então ela teria feito a denúncia de caso pensado, porque eram casados com regime de separação total de bens.

“No dia anterior a essa suposta agressão, nós saímos com as crianças e ela começou a beber. Bebi um pouco com ela e depois as crianças pediram para ir embora. Chegamos em casa, ela comprou mais seis cervejas e passou a noite bebendo. Eu fui dormir”, relata o policial.

À reportagem, o homem disse que na mesma noite a mulher ainda tomou duas garrafas de vinho e o acordou afirmando que havia descoberto uma traição. “Acordei com ela me batendo, dizendo que descobriu uma traição. Depois saiu. Eu liguei para os pais dela ficarem com as crianças porque eu tinha que ir trabalhar. Emprestei meu carro para eles levarem os meninos e no outro dia ela apareceu com esse roxo no queixo”, contou.

“Eu sou um cara grande, se eu tivesse agredido ela, não teria ficado só aquele roxo. Não sei onde ela arrumou isso. Eu falei pra ela, vamos nos separar. Vou pedir a guarda dos meus filhos. Ela então disse que precisava de ajuda para se estabilizar e eu falei que a minha ajuda seria a pensão”, continuou o homem.

O policial ainda conta que está cansado e desgastado do relacionamento e por vezes conversou com os pais da ex-esposa sobre o problema da filha com a bebida e tentaram fazer que ela procurasse um tratamento. Sobre a suposta agressão verbal quando ela estava se recuperando de um procedimento cirúrgico, o policial nega que tenha xingado a corretora e que apenas questionou por que ela apagou as mensagens com o colega de trabalho.

"Ela falava que eu havia estragado o corpo dela com filhos, vendi um terreno e dei 30 mil para ela fazer cirurgia e falei que os 20 mil que faltava ela pagava os cheques. Sempre incentivei ela a trabalhar, o curso de corretagem eu que paguei. Ela tinha o sonho de abrir a empresa dela. Nunca fui agressivo. Já tem 30 dias que ela não me deixa ver meu filho mais novo”, relatou.

“Eu só cobrava respeito. Não queria prejudicar ela, queria que ela se tratasse, mas ela armou um plano para vir para cima de mim. Eu me coloquei em uma situação e fiquei vulnerável. Tinha que ter pego a papelada e ido embora”, finalizou o policial.

Após a separação, o policial penal entrou com pedido de reintegração de posse, já que a casa onde a família morava seria de uma herança recebida por ele. Com isso, ele teve o pedido deferido pela Justiça.

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