Polícias penais federais fazem protesto para sair do "limbo" na Capital
Servidores exigem regulamentação na carreira e equiparação salarial com outros policiais federais
Policiais penais federais paralisaram as atividades nesta quinta-feira (4), na PFCG (Penitenciária Federal de Campo Grande), para pressionar o governo a regulamentar a carreira de segurança pública. O pedido é que os servidores, saiam do "limbo", ou seja, sejam reconhecidos como policiais penais em remuneração e benefícios. Ainda não há previsão de quanto tempo durará manifestação e quando o serviço será normalizado.
Conforme a categoria, houve tratativas para tentar regulamentar a carreira em anos anteriores, porém sem sucesso. Desde 2019, o sindicato e a Associação Nacional se reúne com a Secretaria Nacional de Políticas Penais para pedir que a carreira fosse autônoma, ou seja, que seja independente. Os policiais penais também pedem equiparação salarial com as carreiras de outros policiais federais.
De acordo com um dos policiais da PFCG, que não quis ser identificado, os servidores aguardam o resultado da reunião entre os sindicatos, Associação e o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), realizada neste momento em Brasília, para saber quais são os próximos passos. “Aqui na PFCG nós apenas paralisamos nossas atividades. Estamos aguardando o resultado da reunião dos representantes com o MGI”.
Segundo ele, inicialmente, em dezembro de 2022, o sindicato de Mato Grosso do Sul se reuniu com o secretário da pasta, que apresentou uma proposta totalmente diferente da minuta discutida com o MGI anteriormente.
“Inclusive não acatando que exercemos atividade de nível superior, não nos considerando carreira típica de Estado e ainda propondo uma tabela remuneratória com perdas salariais acima de R$ 1.000 em alguns casos.”
José Roberto, vice-presidente do SINDPPF-MS (Sindicato dos Policiais Penais Federais de Mato Grosso do Sul), disse à reportagem que terão resposta sobre a reunião apenas no final da tarde.
Roberta Esteves, presidente da ANPPF (Associação Nacional da Polícia Penal Federal), explicou ao Campo Grande News que os atos em Brasília na verdade não se tratam de uma paralisação, mas não descarta que possa acontecer nos próximos dias.
“Estamos fazendo uma manifestação e de acordo com os acontecimentos seguintes o sindicato pode deliberar pela paralisação. A reivindicação é que a carreira seja estruturada, por imposição da Emenda Constitucional 104/2019. Ao lado de PF e PRF, somos a terceira polícia da União e vivemos num limbo jurídico desde a promulgação da emenda constitucional e a não regulamentação da carreira", disse.
Para ela, a manifestação é pertinente pelo descontentamento dos servidores, que fragiliza uma parte importante da segurança pública.
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