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Capital

População sofre com o tempo seco em Campo Grande: “haja imunidade”

Predomínio do ar seco, característica típica do inverno, causa incômodo nos olhos, nariz e lábios

Viviane Oliveira e Karine Alencar | 09/07/2022 10:48
Em Campo Grande, o sol brilha forte neste sábado (Foto: Kisie Aionã) 
Em Campo Grande, o sol brilha forte neste sábado (Foto: Kisie Aionã)

Para amenizar os efeitos causados pelo tempo seco em Campo Grande, a população tem redobrado os cuidados, principalmente com as crianças e os idosos, que são os que mais sofrem com a falta de chuva.

O predomínio do ar seco, característica típica do inverno, causa incômodo nos olhos, nariz, lábios e no trato respiratório, por ressecar as mucosas. A vendedora  Cássia de Jesus Santos, de 37 anos, costuma colocar uma toalha molhada nos cômodos da casa para refrescar o ambiente. Ela também lava o nariz das crianças com soro e dá bastante líquido para os filhos pequenos não ficarem doente.

“Para a gente que tem criança é difícil. Tosse seca, carregada. Não adianta dar remédio. De manhã está friozinho e à tarde um calor danado. À noite começa esfriar de novo. Cada hora o tempo está de um jeito. Haja imunidade”, lamentou.

Maria do Carmo mora em uma chácara e sofre com o poeirão. (Foto: Kisie Ainoã)
Maria do Carmo mora em uma chácara e sofre com o poeirão. (Foto: Kisie Ainoã)

Conforme o Climatempo,  com o ar seco, infecções oportunistas também são mais comuns, como conjuntivites. As doenças alérgicas do trato respiratório são facilitadas e ambientes com muita poeira incomodam bastante o nariz e os olhos.

Beber bastante líquido, evitar desgaste físico e exposição ao sol nas horas mais secas do dia são umas das recomendações dos meteorologistas.

Neila Lima contou que nos últimos dias vem sofrendo com dor de cabeça, situação que pode estar relacionada com o tempo seco (Foto: Kisie Aionã)
Neila Lima contou que nos últimos dias vem sofrendo com dor de cabeça, situação que pode estar relacionada com o tempo seco (Foto: Kisie Aionã)

Moradora de chácara, Maria do Carmo, de 55 anos, disse que toma muito líquido para evitar os efeitos causados pela baixa umidade relativa do ar. “Quem mora em chácara sofre bastante. Muita poeira, é terrível”, disse.

Compartilha da mesma opinião, a bacharel em Direito Neila Lima, de 51 anos. Nos últimos dias, ela vem sofrendo com dor de cabeça. “Acho que isso está relacionado com a baixa umidade relativa do ar. Para piorar o povo ainda faz muita queimada, prejudicando a si e aos outros. Para melhorar a qualidade do ar, eu procuro lavar a calçada e evito colocar muito tapete e cortinas na casa. Tenho bastante planta também, o que ajuda deixar o ambiente arejado”, contou.

Há alerta para o ar muito seco neste fim de semana com risco de incêndios florestais e à saúde. Os níveis de umidade relativa do ar devem variar entre 12% e 20%, no período da tarde. Valores bem abaixo do ideal para saúde, que é umidade de 60%.

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