“Por que ele fez isso?”, diz família em júri de homem que matou em posto
Crime aconteceu no dia 28 de outubro de 2022 em um posto de combustíveis, no Bairro São Jorge da Lagoa
“Por que ele fez isso?”. Essa é a pergunta que a família de Francisco Anderson Costa Silva, de 38 anos, executado a tiros enquanto abastecia o carro com a esposa e os filhos, espera ser respondida, nesta sexta-feira (28), no julgamento de Esdras Neiva Garcia, de 22 anos, réu confesso pelo crime. O caso aconteceu no dia 28 de outubro de 2022 em um posto de combustíveis, no Bairro São Jorge da Lagoa, na Rua Fátima do Sul, em Campo Grande.
Na época, a suspeita era de que o motivo do crime havia sido vingança por uma surra que a vítima tinha dado no autor após o furto de uma televisão.
“Era [Francisco] um menino íntegro, trabalhador e honesto. Eu queria saber qual o motivo dele ter assassinado meu genro assim, tão brutalmente na frente da família? Essa é a pergunta que eu faço. Minha filha até hoje está com problemas. Ficou sozinha com as crianças. Todo dia a filha mais velha pergunta do pai. Ela estava conversando com o pai quando ele levou o tiro”, lamentou a sogra da vítima.
Em depoimento, Talyta Borges Pinheiro, esposa da vítima, disse que era casada há 13 anos com Francisco e depois da morte dele teve muitos problemas, emocionais e financeiros. “Hoje minha filhas estão melhores, no começo fizemos terapia. A pequena até hoje não esquece do pai, ele era muito presente na vida dela. Não tem um dia que não lembra do pai dela. Faço tudo que posso para amenizar o vazio que ele deixou”, disse.
Francisco foi executado com tiros de pistola 380, um no tórax e outro no abdômen, quando estava no posto de combustíveis na companhia da mulher, da filha de 4 anos, da enteada de 14 anos, e da cunhada de 16 anos. A vítima, que havia acabado de parar o veículo para abastecer, foi surpreendida por Esdras que chegou por trás da bomba de combustível. O criminoso sacou o revólver e atirou. Ele mexeu na arma novamente, efetuou outro disparo e fugiu a pé do local.
Esdras se apresentou um mês depois na delegacia, acompanhado por uma advogada, foi ouvido e liberado. No entanto, foi preso no dia seguinte em razão de mandado de prisão temporária. No dia 3 dezembro, ele passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada.
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