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Capital

Por videoconferência, acusado de matar por dívida de droga se diz arrependido

Crime aconteceu no dia 23 de setembro de 2017, por volta das 11h30, na Rua do Acauã, no Jardim Tijuca

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 28/04/2022 10:32
Isaac durante depoimento, por videoconferência, ao juiz Carlos Alberto Garcete nesta manhã (Foto: Henrique Kawaminami) 
Isaac durante depoimento, por videoconferência, ao juiz Carlos Alberto Garcete nesta manhã (Foto: Henrique Kawaminami)

Durante o julgamento por videoconferência na manhã desta quinta-feira (28) na 1ª Vara do Júri, o réu Isaac Mendes da Silva, 23 anos, acusado de matar Naor da Silva do Prado, 23 anos, conhecido como Maranhão, disse que está arrependido. Segundo denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o réu cometeu o crime porque a vítima pagou dívida de droga com nota falsa.

O caso aconteceu no dia 23 de setembro de 2017, por volta das 11h30, na Rua do Acauã, no Jardim Tijuca, em Campo Grande. Naor foi à casa da vítima acompanhado por um adolescente de 15 anos. Em depoimento ao juiz Carlos Alberto Garcete, ele disse a vítima devia ao adolescente. Ele foi apenas para acompanhar e acabou atirando na vítima após discussão.

Segundo Isaac, quando aconteceu o crime tinha acabado de completar 19 anos e não tinha antecedentes criminais. Ele relatou que no dia do crime, o adolescente o chamou para ir até a casa da vítima, que havia comprado R$ 50 de maconha e pago com nota falsa de R$ 100. O adolescente descobriu que a nota era falsa ao ir ao mercado e tentar comprar com o dinheiro. Revoltado, o menor chamou Isaac para ir à casa da vítima. No local, os dois foram recebidos por Naor, que mandou os dois entrarem.

Durante a conversa, os dois [o adolescente e Naor) começaram a discutir em voz alta. Segundo Isaac, o  tempo todo a mulher de Naor, que também estava na casa, batia com uma faca na mesa, foi quando ele fez os disparos. “Eu estava com a arma, revólver calibre 38. Disparei porque fiquei com medo dele pegar a faca que estava com a mulher dele e vir para cima da gente. Acho que dei uns três tiros, não sei qual a distância, foi tudo do nada, coisa muito rápida”, contou.

Isaac contesta a denúncia do Ministério Público de que ele estava escondido atrás de um muro e saiu de repente atirando na vítima. Sobre a arma, o réu  afirma que era do adolescente e apenas no dia foi até o local carregando o revólver. “Fui com a arma porque ele [o adolescente] mandou eu ir, a gente conversava muito, ele gostava de andar comigo, foi quando me chamou pra ir com ele e pediu para levar a arma. Após o crime, os dois fugiram de bicicleta.

O rapaz responde ao processo em liberdade. Atualmente, mora com a esposa e o enteado em Itapecuru-Mirim, no Maranhão, e trabalha em empresas de linhas de transmissão de internet viajando pelo Brasil. Ao prestar depoimento nesta manhã, o rapaz estava a trabalho em Rio Claro, município do interior de São Paulo. O resultado do julgamento será divulgado no período da tarde.

Caso - Na época, a mulher da vítima contou que estava em casa lanchando com o marido, quando dois homens bateram no portão. Naor atendeu os suspeitos e os recebeu dentro da residência. Enquanto conversavam, os dois teriam questionado a vítima sobre o pagamento de uma dívida com notas falsas.

A vítima e os homens, então, começaram uma discussão. Na sequência, um dos suspeitos sacou uma arma e atirou por pelo menos duas vezes à queima roupa. A primeira informação era de que o a vítima teria levado dois tiros na cabeça. Segundo testemunhas, Naor era dependente químico.

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