Portões são abertos e muitos candidatos vão encharcados para prova do Enem
Chuva começou logo de manhã e locais sem abrigo foram perrengue a mais para estudantes
Às 10h54, os portões foram abertos para entrada dos candidatos do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) que estão na Uniderp, para alívio de muita gente que tentava se abrigar da chuva que começou logo cedo. Apesar da previsão indicar que o tempo seria instável, muitos não estavam munidos de capa ou guarda-chuva.
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A chuva forte que caiu no final da manhã causou transtornos para os candidatos do Enem em Campo Grande. Apesar da previsão de tempo instável, muitos chegaram sem proteção para a chuva, que começou logo cedo. A forte pancada obrigou os candidatos a correrem para se abrigar, alguns chegando ensopados aos locais de prova. A Uniderp abriu os portões às 10h56, mas a chuva dificultou a entrada dos candidatos, que enfrentaram tumulto nas catracas. Em outros locais de prova, como a UCDB e a Unigran, os candidatos também enfrentaram dificuldades com a chuva, mas encontraram abrigo em áreas cobertas.
Em frente ao local, na Rua Ceará, um dos locais de prova mais concorridos, teve gente que chegou cedo, por volta das 8h, para não perder o horário da prova. Muitos aguardavam dentro dos carros, já que garoa fina caía logo cedo.
Porém, durante a manhã, a primeira pancada de chuva fez com que os candidatos corressem para se abrigar onde desse: pontos de ônibus ou os estandes montados por universidades, que fizeram áreas de apoio para os estudantes, com distribuição de canetas ou lanchinhos. Até sob as árvores, local não recomendado por conta do risco de raio.
A chuva apertou e os guarda-chuvas dos precavidos serviu de abrigo para mais de uma pessoa. Quem não contou com a ajuda, usou casacos como protetor. O portão não foi aberto antes do horário e não teve jeito: quem não tinha para onde correr, vai fazer a prova ensopado.
A organização decidiu abrir os portões cinco minutos antes do horário previsto, por conta da chuva. Houve tumulto na frente das catracas que existem para controle de entrada dos acadêmicos. Depois, os candidatos ficaram no corredor ou foram direto para a sala para prova.
A assistente de mídias sociais, Isabela Jara, 22 anos, chegou no momento em que o portão foi aberto e correu para se abrigar. Mas, como fez todo o trajeto de casa, no Aero Rancho até o local de prova de moto, chegou ensopada. "A sorte é que estou com cabelo preso, ia ser pior", disse. "É frustrante, dando errado desde o começo", lamentou.
A professora Cleia Rocha da Silva, 42 anos, resolveu sair de casa precavida, com guarda-sol no carro. A ideia era evitar ao máximo que a filha, Júlia, de 18 anos, se molhasse e ainda dar mãozinha eventual para o namorado e as amigas dela que pudessem precisar de abrigo.
Cleia chegou por volta das 10h50 e esperou no carro a abertura do portão. Quando decidiram entrar, a chuva estava forte, mas a ideia foi providencial. Além de garantir a comodidade da filha, também ajudou outra jovem que estava sozinha e foi abrigada sob o guarda-sol até a entrada da Uniderp.
A cena se repetiu em outros locais de provas que não há espaço físico com cobertura do lado de fora. Na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), a vantagem é que há áreas cobertas e candidatos conseguiram se abrigar.
Na Unigran, no centro da cidade, os portões foram abertos quando a chuva apertou, para que candidatos pudessem se abrigar no saguão, mas eles não tiveram acesso às salas de aula, que só foram liberadas às 11h, no horário previsto pela organização.
A reportagem entrou em contato com a assessoria na Uniderp, que informou que a Universidade apenas cede o espaço e a organização é responsabilidade do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
*Matéria atualizada no dia 04/11/2024, às 9h45, para acréscimo de informação.
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