Poucas viaturas e macas retidas comprometem socorro em acidentes
Problemas mecânicos e a retenção de macas em hospitais deixaram o Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) com número insuficiente de viaturas para atender a população nesta quarta e quinta-feira (7). Em pelo menos duas ocorrências, as vítimas tiveram que esperar quase uma hora para serem resgatadas.
A primeira situação foi na quarta-feira (6), quando dois carros colidiram no cruzamento da Rua Pedro Celestino com a Amazonas, por volta das 7h. Uma das vítimas ficou presa às ferragens e esperou 40 minutos pela ambulância.
Conforme a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, que atendeu esse caso, havia apenas um carro para atender toda a cidade nesse horário, pois três veículos da frota quebraram ao mesmo tempo. A situação só foi normalizada ao meio-dia, quando os carros voltaram a rodar.
Nesta quinta-feira (7), José Paulo Gaioso, 77 anos, também se feriu em um acidente de carro na Avenida Via Park, tendo esperado por quase uma hora para receber atendimento. O Samu foi acionado quatro vezes até que uma unidade de resgate fosse encaminhada ao local.
A vítima passou recentemente por uma cirurgia cardíaca e ao tentar sair do carro após a batida, sentiu falta de ar.
Conforme o coordenador do serviço, Luiz Antônio Moreira da Costa, a corporação tem 13 ambulâncias para atender a Capital, sendo três avançadas e as demais, básicas. Ocorre que as unidades de saúde estavam lotadas e muitas delas usaram as macas das viaturas por não terem leitos para os pacientes. Com isso, o veículo não pode deixar os postos e hospitais.
“Muitas vezes nós ficamos com menos viaturas e condições de circular por conta de macas presas. Até liberar a maca e conseguir um leito para o paciente, ficamos com a viatura parada. Às vezes ligamos direto para a diretoria das unidades e o pessoal faz o que pode”, relata.
Costa não soube informar quantas viaturas estavam retidas nesta manhã no momento do acidente com o idoso.