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Capital

Preço do feijão sobe e "carioquinha" some da merenda de Ceinfs da Capital

Adriano Fernandes e Amanda Bogo | 29/09/2016 07:18
No ceinfs visitados pela reportagem a falta do produto não gerou queixas das crianças aos pais que nem sequer sabiam da falta do produto. (Foto: Amanda Bogo)
No ceinfs visitados pela reportagem a falta do produto não gerou queixas das crianças aos pais que nem sequer sabiam da falta do produto. (Foto: Amanda Bogo)

Falta feijão em todos os Ceinfs (Centros de Recreação Infantil) de Campo Grande. O culpado, segundo a prefeitura, é o aumento no preço do feijão carioquinha, licitado por R$ 2,76, mas que teria triplicado nos últimos meses.

O valor foi solicitado para análise e revisão de preço, pela empresa vencedora da licitação e ainda não há um prazo para normalização nos cardápios. 

Para compensar a falta do principal ingrediente das merendas nos centros de recreação da cidade, o produto vem sendo substituído por verduras e legumes, como couve e beterraba, por exemplo.

A mudança não gerou reclamações entre as crianças, mas incomoda pais dos alunos. “É um absurdo tirarem o feijão das crianças. Com esse monte de imposto que a gente paga, eles não tinham esse direito. Mas aqui nunca teve problema com falta de comida", comenta a babá Aparecida Viana, de 32 anos, na saída do filho de 2 anos, atendido no Ceinf Ipiranga, próximo ao Hospital Universitário.

Já no Ceinf Antônio Raustino Fernandes na Vila Nhanhá,  a assessora jurídica Juliana Parron, de 32 anos, conta que não é a primeira vez que faltam alimentos.

A variação no valor do produto entre os meses de agosto e setembro chegou a 8,63 %. (Foto: Arquivo/Fernanda Yafusso)
A variação no valor do produto entre os meses de agosto e setembro chegou a 8,63 %. (Foto: Arquivo/Fernanda Yafusso)

Segundo ela no mesmo período do no ano passado, o Ceinf informou que não tinha bolachas e frutas no cardápio e pediu que os pais levassem para as crianças. Desta vez, nada foi informado sobre o feijão.

Aumento – A variação no valor do produto entre os meses de agosto e setembro chegou a 8,63 % em Campo Grande de acordo com o Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais da Uniderp).

Entre julho e agosto, o produto tinha ficado até 19% mais caro. O quilo do “carioquinha” chegou a ser vendido entre R$ 8,99 até R$ 16,45 nos supermercados da cidade.

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