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Política

Transparência é palavra-chave em propostas contra a corrupção

Ricardo Campos Jr. | 28/09/2016 17:41
Atores vestidos com lama em frente ao Fórum de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Atores vestidos com lama em frente ao Fórum de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

Lama Asfáltica, Fazendas de Lama, Coffee Break, ADNA, Pecúnia e Midas. Nos últimos quatro anos, vários esquemas de corrupção foram escancarados e alguns dos envolvidos presos graças a essas operações conduzidas em conjunto ou separadamente pela PF (Polícia Federal) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

As irregularidades giravam em torno de fraudes a licitações, recebimento de propinas e outros crimes que refletiram socialmente com trocas sucessivas de gestores municipais, esvaziamento dos cofres públicos e serviços públicos prejudicados.

Combate à corrupção é o tema da oitava matéria de uma série do Campo Grande News com as propostas deles para alguns problemas da cidade. As respostas estão em ordem alfabética segundo os nomes usados nas urnas.

O modelo de gestão pública proposto por Alex do PT prega inversão de prioridades e pressupõe uma nova forma de administração, com participação cidadã e maior controle social por meio dos conselhos municipais. Ele pretende dividir a responsabilidade no combate a corrupção. Enquanto o poder público faz a parte dele com transparência nas licitações, a população também deve fazer a dela. O candidato assume compromisso com o interesse público.

Para Aroldo Figueiró (PTN), a solução começa pagando salário justo, incentivando a meritocracia e valorizando o servidor público e demais segmentos envolvidos no funcionamento da gestão para que não se curvem diante da corrupção. Ele promete fiscalizar de perto o andamento de cada setor e punir qualquer desvio de conduta, por menor que seja, aplicar advertências, suspensão e, em casos de reincidência, demitir por justa causa.

Athayde Nery (PPS) acredita que para combater a corrupção é preciso transparência, por isso ele tem como mote de campanha os tópicos transparência, eficiência, rapidez e participação. Segundo o candidato, o gestor não deve somente mostrar o valor gasto em cada obra, por exemplo, mas também os motivos que o levaram a aplicar o dinheiro público. Ele cita como exemplo o fim do tapa buraco terceirizado e a manutenção das vias sob responsabilidade do município.

Coronel David (PSC) vai criar a Controladoria Geral do Município, que terá independência para promover o combate sistêmico e constante contra a corrupção. Vai ampliar a transparência nas contas do município para cumprir a Lei do Acesso à Informação. Ele não admite o desvio de dinheiro público e vai adotar tolerância zero com a corrupção.

Lauro Davi (PROS) acredita que a corrupção não deve ser combatida, mas sim eliminada, extirpada do serviço público, assim como fez na assistência da saúde dos servidores públicos estaduais e em mais 25 municípios. É inadmissível, segundo ele, que essa pratica esteja tão presente nos debates políticos, pois todo homem público, todo candidato, todo cidadão abomina essa pratica que se assemelha aos crimes hediondos, rouba-se o direito de vida e dignidade das pessoas.

Marquinhos Trad (PSD) promete uma gestão com participação popular, pois na visão dele, ao descentralizar a administração, reduz-se a corrupção e sozinho, o gestor leva a gestão para o abismo. Ele promete transparência nas licitações, com aplicativo móvel para o cidadão ter acesso aos dados da gestão, melhorando a posição de Campo Grande no ranking da transparência, de modo que os cidadãos saibam o quanto se arrecada e onde o dinheiro é investido.

Para Rose Modesto (PSDB), é preciso mostrar como se gasta o dinheiro público. Ela lembra que ao assumir o governo ao lado de Reinaldo Azambuja, o estado ocupava a 27ª posição no ranking nacional de transparência e, com várias medidas, saltou para a quinta posição. Por outro lado, a prefeitura de Campo Grande ocupa a última posição no ranking nacional. Assim, ela promete implementar ferramentas para uma gestão transparente e que respeite o dinheiro dos contribuintes.

Suél Ferranti (PSTU) acredita que a corrupção está no DNA do capitalismo, tendo nascido antes mesmo das eleições quando os grandes empresários pagaram milhões para as campanhas de seus candidatos em troca de benefícios, caso fossem eleitos, como por exemplo licitações milionárias. O partido defende a prisão e o confisco dos bens dos políticos corruptos e seus corruptores, ou seja, das empresas que se beneficiam desses crimes.

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