Propostas para iluminação vão de cancelamento de taxa à modernização
A falta de investimentos do poder público com a iluminação pública deixa vários bairros na periferia de Campo Grande no escuro. O problema atravessa várias gestões e a população cobra soluções. A falta do serviço favorece a insegurança, uma vez que áreas pouco iluminadas são frequentemente palco de assaltos.
O tema retoma, nesta segunda-feira (26), a série do Campo Grande News com as propostas deles para alguns problemas da cidade. As respostas estão em ordem alfabética segundo os nomes usados nas urnas.
Adalton Garcia (PRTB) afirma que inicialmente fará uma avaliação para conhecer o funcionamento e a estrutura de fornecimento da energia elétrica para o município, especialmente no tocante à iluminação pública. Com estas informações, traçará um projeto com mais justiça na cobrança da taxa pelo serviço, se possível, com isenção para a população com menor poder aquisitivo e cobranças diferenciadas entre residências e comércio.
Candidato a reeleição Alcides Bernal (PP) vai dar seguimento ao programa Cidade Iluminada, trocando 30 mil lâmpadas convencionais por led, que além de gastar menos energia, tem baixo custo de manutenção, não emite calor nem raios ultravioleta e ainda deixa a cidade muito mais iluminada, bonita e segura. O serviço já iniciou no bairros Aero Rancho e Moreninhas, Avenida Afonso Pena e Rua Bom Pastor e Zahran. A tecnologia será usada a favor da população.
Alex do PT promete revisar o contrato de concessão com a Energisa, rever os valores cobrados pela iluminação pública e fixar a taxa da iluminação. Serão cobrados R$ 5 por residência, R$ 10 no comércio e R$ 15 na indústria. Além disso, pretende trocar toda a iluminação por lâmpadas de led, mais modernas e econômicas para o município.
Para Aroldo Figueiró (PTN), é preciso rever a iluminação pública de maneira geral. Postes acesos em plena luz do dia em diversos pontos da cidade causam prejuízo que poderia ser evitado, gerando
recursos para iluminar áreas que sofrem com todos os riscos que a escuridão proporciona. Outra questão é iluminar apenas ruas, e não calçadas. Promover a coletividade e acessibilidade através de calçadas bem preservadas e iluminadas.
O projeto de Athayde Nery (PPS) é implantar as lâmpadas de led em toda a Campo Grande por meio de parceria público-privada para, desta forma, diminuir gastos e gerar economia. Inspirado em um projeto executado pela prefeitura de Vitória (ES), Athayde quer, além de reduzir o consumo, utilizar as luminárias para oferecer Wi-fi com sinal de alta qualidade, estrutura mínima para tornar, segundo ele, uma cidade inteligente que aproveita benefícios da inovação e tecnologia.
Coronel David (PSC) vai priorizar a iluminação pública em ruas, avenidas e praças públicas como estratégia de combate à criminalidade para elevar a sensação de segurança da população. Ele quer tornar mais transparente a arrecadação e o gasto com a cobrança da Cosip.
Lauro Davi (PROS) promete melhorias na iluminação pública, implantando novas luminárias onde ainda é necessário, cuidando da manutenção dos reatores e reposição de lâmpadas. Ele acredita que o principal benefício das melhorias está ligado à segurança, mas que também é um serviço essencial para a qualidade de vida noturna, para o trânsito e para o desenvolvimento socioeconômico da Capital.
Marquinhos Trad (PSD) promete tratar iluminação pública de forma justa e eficiente, fazendo uma força tarefa para iluminar a cidade e também garantir transparência na arrecadação da Cosip para que ninguém pague caro para que o dinheiro fique parado. O candidato também promete investir em lâmpadas de led para o serviço ficar mais eficiente e barato e, se estiver se arrecadando mais do que se gasta, reduzir o valor da contribuição aplicada à população.
Rose Modesto (PSDB) acredita que iluminação pública é uma ferramenta importante para prevenir a criminalidade, pois rua bem iluminada inibe a ação de bandidos. Segundo ela, Campo Grande, atualmente, está no escuro e vários bairros vivem na escuridão. Para assegurar a tranquilidade e segurança do cidadão, vai iluminar a cidade e tratar esse tema como prioridade na questão da prevenção aos crimes e segurança pública.
Suél Ferranti (PSTU) diz que não haverá recolhimento de taxa de iluminação pública, pois esse tributo será coberto pelo IPTU. Ele promete aumento da iluminação pública nas periferias da cidade visando proteger o povo pobre e os trabalhadores, principalmente das mulheres que sofrem diariamente com a violência machista. Serão organizados debates auxiliados pelos conselhos populares visando deliberar outras medidas a respeito.
Todos os 15 candidatos foram convidados a participar da série. Arce (PCO), Elizeu Amarilha (PSDC), Marcelo Bluma (PV), Pedrossian Filho (PMB) e Rosana Santos (PSOL) não enviaram as repostas até a publicação desta reportagem.