Candidatos prometem obras para evitar alagamentos e enchentes na Capital
Em março deste ano, Campo Grande foi atingida pelo temporal mais intenso dos últimos dez anos, as vias não estavam preparadas para absorver tamanho volume de água e foram registradas inundações em vários bairros. A falta de um sistema eficiente de drenagem não é problema novo e dura há várias gestões, tanto que a população sofre frequentemente com alagamentos durante chuvas.
Mas, como resolver esse problema? Quem responde a essa pergunta são os candidatos a prefeito da Capital na quinta matéria de uma série do Campo Grande News com as propostas deles para alguns problemas da cidade. As respostas estão em ordem alfabética segundo os nomes usados nas urnas.
Alex do PT pretende executar os projetos de drenagem e de prevenção a enchentes conforme estudos elaborados pelo Planurb e Seintrha e resolver esse problema de uma vez, especialmente nos pontos mais urgentes, como em frente ao Shopping Campo Grande e na rotatória da Avenida Ernesto Geisel com a Euler de Azevedo, além de outros locais já identificados na cidade. “Vamos tirar do papel os projetos existentes e executá-los”.
Aroldo Figueiró (PTN) promete estruturar cada bairro para que possa reter a água das chuvas, já que, na opinião dele, Campo Grande está impermeabilizada atualmente e em todas as cidades onde já existe a lei de retenção das precipitações contem-se a água da chuva de acordo com o esvaziamento dos depósitos feitos no solo, sob os córregos. “Hoje existe muita tecnologia melhor do que os saquinhos de areia”, pontua.
A proposta do candidato Athayde Nery (PPS) para drenagem e prevenção a alagamentos em Campo Grande é criar o IPTU cidadão. O projeto é um incentivo à adoção de medidas de preservação ambiental em imóveis residenciais com descontos no tributo e ocorrerá para tenha árvores plantadas nas calçadas em frente das residências e para os que tenham, no perímetro do seu terreno, áreas efetivamente permeáveis com cobertura vegetal.
Coronel David (PSC) vai reavaliar os sistemas de contenção existentes, reforçando-os e construindo outros para acabar com os alagamentos de vias públicas. Também vai promover incentivos para a destinação de áreas de absorção de águas pluviais e toda obra de pavimentação será precedida de sistema de drenagem para evitar o surgimento de novas áreas com problemas de alagamentos a cada chuva.
Lauro Davi (PROS) tem projetos de drenagem pluvial a curto, médio e longo prazo. Promete fazer obras de escoamento desde as saídas de água no final da cidade e também para desobstruir o fluxo. Estruturará um novo modelo captação para dobrar a capacidade e implantará um sistema de captação e drenagem que socorrerá imediatamente a população dos bairros e, para o Centro, uma obra de grande porte para a solução de escoamento.
Marquinhos Trad (PSD) vai implantar a política de prevenção e estruturação de obras contra as enchentes, realizar o combate às erosões nos córregos, obras de drenagem e limpar os bueiros. “Nossa equipe será técnica e qualificada para elaborar projetos e viabilizar recursos para essas obras. Também vamos retomar obras paradas de drenagens, como na Avenida Ernesto Geisel”, afirma.
Para Rose Modesto (PSDB), só é possível resolver os problemas de infraestrutura por meio de parcerias e o Governo do Estado tem todo o interesse de trabalhar junto com a prefeitura. Também poderemos recorrer à bancada federal para captar recursos necessários. “Muito dinheiro já foi investido nesses pontos de alagamento, mas sem planejamento. Então é preciso ser feito um estudo sério, muito técnico, e depois buscar as parcerias”.
Suél Ferranti (PSTU diz que o problema está nas licitações voltadas pra esse setor e utilização de recursos públicos exorbitantemente altos beneficiando empresários. Prevenção, drenagens e meios técnicos necessários para resolver essa situação serão discutidos pelos trabalhadores de Campo Grande por meio dos Conselhos Populares após a criação de uma Empresa Municipal de Obras Públicas totalmente estatal para esse fim.
Todos os 15 candidatos foram convidados a participar da série. Adalton Garcia (PRTB), Alcides Bernal (PP), Arce (PCO), Elizeu Amarilha (PSDC), Marcelo Bluma (PV), Pedrossian Filho (PMB) e Rosana Santos (PSOL) não enviaram as repostas até a publicação desta reportagem.