Ideias dos candidatos contra buracos vão de brigada a usina de asfalto
Além de enfrentar problemas no trânsito, motoristas andam desviando de buracos pelas ruas de Campo Grande e muitas vezes têm os automóveis danificados ao passar dentro de crateras, problema que se tornou crônico no município. Especialistas culpam a idade ou qualidade do serviço feito nas últimas décadas pelas vias, ao passo que a população cobra soluções a curto prazo.
O tema abre uma nova série de reportagens do Campo Grande News sobre propostas dos candidatos a prefeito. Desta vez serão dez matérias sobre diferentes temas que refletem diretamente no cotidiano dos cidadãos. As respostas estão em ordem alfabética segundo os nomes usados nas urnas.
Alex do PT pretende implantar a Usina Municipal de Asfalto e reabrir o laboratório de análise de qualidade do asfalto, “uma vez que nos últimos 20 anos o produto empregado em nossas vias são de péssima qualidade, justamente para alimentar a máfia do tapa buraco. Vamos acabar com isso”. Assim, o município entra com o material e contrata empresas pequenas e médias para o serviço e o recapeamento das vias.
Aroldo Figueiró (PTN) pretende recapear as ruas, com capacidade de duração de no mínimo 10 anos do trabalho que for feito, com material de qualidade.
Athayde Nery (PPS) propõe a criação de uma brigada para tapar os buracos da cidade com uso da mão de obra de detentos ou migrantes da cidade. Para ele, a atual forma de prestação de serviço para tapar buracos é mais um meio de corrupção, por isto deve ser encerrada. “A formação de uma brigada é um meio de prestar o serviço sem ter gastos com empresas terceirizadas e licitações”, afirma.
Coronel David (PSC) pretende fazer uma ação emergencial para acabar com os buracos, “porque causam transtornos, prejuízos financeiros e até acidentes com vítimas”. Ele promete recapear as vias públicas e para acabar com a corrupção no uso de lama asfáltica e o desperdício do dinheiro público com tapa buraco, vai mudar a fiscalização para garantir qualidade e durabilidade nas obras de pavimentação.
Lauro Davi (PROS) fará uma operação tapa buraco com qualidade e, imediatamente depois, um recapeamento nas vias de grande fluxo. Serão ouvidas, segundo ele, as reivindicações de tapar os buracos das ruas não pavimentadas. “Também acabarei com a fonte de corrupção divulgada existente nessas operações”, afirma.
Marquinhos Trad (PSD) pretende fazer uma força-tarefa para acabar com os buracos. “Não vamos fechá-los para a primeira chuva levar”. Com base em estudos de profissionais técnicos e capacitados, pretende fazer o serviço da forma correta, acompanhar a qualidade e quantidade do material utilizado. Imediatamente depois pretende recuperar e criar novos projetos para captar recursos e recapear as principais ruas da cidade.
Pedrossian Filho (PMB) pretende realizar um mutirão para sanar definitivamente o problema e depois fazer ações de manutenção e prevenção. Ações de manutenção, segundo ele, geram uma economia significativa aos cofres públicos, porque antes de abrir um buraco, o asfalto apresenta características passiveis de correção o que impede a abertura de crateras. “Isso é respeito pelo dinheiro do contribuinte”.
“Falta iluminação, falta rede de esgoto, falta asfalto. Mas o que mais indigna a população são os buracos nas ruas”, diz a candidata do PSOL, Rosana Santos. Para ela, esse problema ocorre porque é mais vantajosa para as empreiteiras a garantia do buraco do que o conserto. É preciso, segundo ela, enfrentar o interesse das empresas privadas que querem apenas enriquecer ao invés de apresentar trabalho para melhorar a Capital.
Rose Modesto, candidata do PSDB, afirma que é preciso identificar as avenidas onde os mesmos buracos tiveram que ser fechados várias vezes. “Essas ruas precisam de recapeamento para resolver o problema de uma vez por todas”. Os recursos, segundo ela, virão de parcerias com o Governo Federal, em especial o Ministério das Cidades, além do governo estadual e recursos próprios.
As ruas serão controladas pelos trabalhadores de Campo Grande, segundo promete Suél Ferranti (PSTU). Para o candidato, conselhos populares que envolvam servidores públicos desse setor, associações de bairro, sindicatos de trabalhadores e movimentos sociais avaliarão a situação, deliberando a forma que melhor beneficiará a classe trabalhadora e o povo pobre da cidade e levando em conta as prioridades nas ruas quanto à sua conservação.
Todos os 15 candidatos foram convidados a participar da série. Adalton Garcia (PRTB), Alcides Bernal (PP), Arce (PCO), Elizeu Amarilha (PSDC) e Marcelo Bluma (PV) não enviaram as repostas até a publicação desta reportagem.