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Política

Onda verde: o que prometem os candidatos para dar fluidez ao trânsito

Ricardo Campos Jr. | 05/09/2016 17:30
Sincronização de semáforos é promessa antiga na Capital (Foto: Gersol Walber / arquivo)
Sincronização de semáforos é promessa antiga na Capital (Foto: Gersol Walber / arquivo)
Alguns equipamentos são obsoletos (Foto: Fernando Antunes / arquivo)
Alguns equipamentos são obsoletos (Foto: Fernando Antunes / arquivo)

Nos horários de pico, o trânsito em algumas avenidas e ruas movimentadas de Campo Grande simplesmente não flui, entre outros motivos, pela falta de sincronização semafórica. Os condutores têm de parar a cada esquina e a chamada onda verde, que deveria resolver esse problema, virou promessa que atravessa gestões na Capital.

Além disso, segundo especialistas, os sinaleiros existentes na cidade são obsoletos e não são raros casos em que eles simplesmente apresentam problemas. Em julho deste ano, por exemplo, o aparelho localizado na Avenida Ministro João Arinos, em frente ao hipermercado Extra, ameaçava cair, assustando os motoristas.

O problema é o tema da quarta matéria sobre propostas dos candidatos a prefeito de Campo Grande para situações antigas na cidade cujas soluções são cobradas pela população. Todos os 15 candidatos foram convidados a participar. As respostas são dispostas seguindo a ordem alfabética dos nomes usados nas urnas segundo o DivulgaCand.

Alex do PT diz que a solução é modernizar o parque semafórico. Um centro de controle integrado, que junto com o monitoramento com câmeras, fará o controle do sistema viário da região central, principais ruas e avenidas. Com isso, segundo o candidato, é possível monitorar o fluxo em tempo real para controlar a velocidade média e evitar as interrupções. Os recursos para essa mudança podem vir do PAC Mobilidade ou até mesmo de financiamento externo.

Já Athayde Nery (PPS) pretende criar um conselho municipal de trânsito para agir em parceria com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Os dois podem resolver os engarrafamentos da melhor forma, além de identificar outros problemas de tráfego. A estratégia do candidato será o planejamento. Ele considera a onda verde primordial, mas antes a população da região a ser modificada será consultada e estudos de impacto serão realizados.

Coronel David (PSC), afirma que o município dispõe de recursos para implantar um centro de controle integrado, que deveria permitir a onda verde, mas que não saiu do papel por inércia das gestões anteriores. O candidato propõe modernizar o semáforos, implantar a unidade de controle e monitorar não apenas os sinaleiros e cruzamentos, mas também o transporte coletivo de Campo Grande para dar fluidez ao trânsito.

Marcelo Bluma (PV) pretende aparelhar adequadamente a Agetran, tanto com equipamentos como servidores, para viabilizar a onda verde. O candidato entende que a sincronização é um problema complexo em virtude das múltiplas variáveis que envolve, como a dependência da interligação em rede, programação dos aparelhos, monitoramento em campo, manutenção, fator humano e procedimentos de trabalho que devem funcionar adequadamente.

Marquinhos Trad (PSD), pretende, em um primeiro momento, fazer a revisão da hierarquização das avenidas e ruas de Campo Grande. Com os dados em mãos, será possível saber quais as ruas de mais fluxo e promover o reordenamento viário. Justamente nos pontos de maior fluxo, vai determinar a implantação da onda verde na sinalização semafórica, onde ocorre o avanço sistematizado do trânsito de veículos de forma fluente e constante.

Rose Modesto (PSDB), afirma que a cidade está crescendo e precisa de novas soluções. O trânsito está cada vez mais complicado e os congestionamentos atingem até alguns bairros. A candidata diz que é necessário garantir a fluidez no trânsito de forma segura, em que o motorista saiba que se manter uma velocidade compatível com a via, sem colocar em risco a vida das pessoas, chegará mais rápido ao seu destino.

Suél Ferranti (PSTU) diz que irá discutir o tema com os conselhos populares que envolvam os servidores do setor, as associações de bairro, os sindicatos de trabalhadores, os movimentos sociais. Eles deliberarão a forma que melhor beneficiará a classe trabalhadora e o povo pobre da cidade. Após essa discussão, com certeza esses conselhos apresentarão meios e saídas que melhor beneficiem a fluidez e locomoção nas ruas de Campo Grande.

A equipe do Campo Grande News entrou em contato com todos os candidatos convidando-os a participar da série. Adalton Garcia (PRTB), Alcides Bernal (PP), Arce (PCO), Aroldo Figueiró (PTN), Elizeu Amarilha (PSDC), Lauro Davi (PROS) e Pedrossian Filho (PMB) não enviaram as propostas sobre o tema até a publicação desta reportagem.

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