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Capital

Prefeitura divide em 6 lotes revitalização e a prioridade é conter a erosão

Lidiane Kober e Kleber Clajus | 21/08/2014 16:52

A Prefeitura de Campo Grande vai dividir em seis lotes a revitalização da Avenida Ernesto Geisel e a prioridade será conter a erosão, principalmente no entorno no Shopping Norte/Sul. A previsão é lançar ainda na próxima semana a licitação da obra, projetada em 2010 e 53% mais cara do que o planejado.

Segundo o prefeito Gilmar Olarte (PP), ontem (20), foram resolvidas pendências com a Caixa Econômica Federal e o projeto executivo foi aprovado. Orçada em R$ 67 milhões, R$ 20 milhões a mais do que o previsto, a obra iniciará a partir do pontilhão da Avenida Salgado Filho em direção ao bairro.

“Ficou acordado que, de um total de seis blocos, dois terão prioridade. Eles referem-se a contenção da erosão em frente ao Shopping Norte/Sul”, disse o prefeito. A decisão levou em conta o risco de acidentes na região.

“A ideia é melhorar a infraestrutura de contenção de erosão para que não desmorone mais”, frisou a secretária-adjunta da Seintra (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Trânsito), Kátia Castilho.

Ela contou ainda que os seis lotes da obra serão licitados de uma vez. “Tudo foi aprovado e vamos entregar na Cecon (Central de Compras) para licitar na semana que vem”, completou Kátia.

Dos R$ 67 milhões, R$ 20 milhões serão de contrapartida da prefeitura e o restante vem do Governo Federal. O projeto original é de 2010 e teve que passar por adequações, que elevaram o preço da revitalização de R$ 47 milhões para R$ 67 milhões.

As obras estavam emperradas desde 2012, quando chegou a ser assinada a ordem de serviço. O projeto foi reformulado e, além da recomposição das margens do rio, será feito o recapeamento das duas pistas da Avenida Ernesto Geisel e no seu prolongamento, quando passa a ser denominada de Thyrson de Almeida.

São oito quilômetros de intervenção entre a Rua Santa Adélia (em frente ao Shopping Norte/Sul) e a Avenida Campestre, no conjunto Aero Rancho. A Prefeitura já conta com R$ 40 milhões de recursos do orçamento da União para tirar o projeto do papel.

Segundo o titular da Seintra, Semy Ferraz, como o projeto foi alterado e o custo aumentou, foi necessário cancelar a licitação, feita em 2013. “Tomamos o cuidado de adotar uma tecnologia que garantisse maior durabilidade à obra”, destacou. Além da construção de muros em sistema gabião para contenção das margens, nos trechos onde a erosão comprometeu parte da pista, está prevista a colocação de placas pré-moldadas.

“Assim, nós vamos construir uma espécie de parede lateral. Também vamos colocar travessões para não haver erosão de fundo. Faremos manutenção periódica destes travessões para segurar o fundo e dar estabilidade lateral ao barranco”, detalhou.

Será ampliado ainda o vão da ponte da rua Bom Sucesso, onde hoje o leito do rio se estreita, provocando seu transbordamento. O projeto prevê 804 metros de drenagem; 6,9 km de ciclovia; construção de uma passarela para ciclistas sobre o Córrego Bandeira e uma pista de caminhada de 2.537,50 metros quadrados.

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