Prefeitura inicia soltura de ovos de mosquitos com "'wolbachia" neste sábado
Ao todo, serão montadas cerca de 740 Casas do Wolbito por semana na Capital
A Prefeitura de Campo Grande dará início neste sábado (6), ao projeto-piloto “Casa do Wolbito”, que consiste na liberação de vasos com ovos de mosquitos Aedes Aegypti com a bactéria Wolbachia. As Moreninhas será a primeira região a receber projeto na Capital.
Diversos dispositivos com ovos dos mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia em seu organismo serão instalados em locais públicos, como praças e parques da região. Os equipamentos contarão ainda com água e alimentação para as larvas se desenvolverem após a eclosão dos ovos, que serão colocados através de cápsulas no mesmo recipiente.
Ao todo, serão montadas cerca de 740 Casas do Wolbito por semana, instaladas pelos agentes de endemias através de mutirões semanais, fazendo a substituição destes recipientes a cada 15 dias.
“A Casa do Wolbito é um recipiente plástico contendo água e uma cápsula que já vem pronta do Rio de Janeiro com ovos de wolbitos e ração para as larvas. Naquele recipiente, os wolbitos se desenvolvem, passam por todos os estágios larvais até atingirem a forma adulta alada e saírem voando para proteger a região da dengue, zika e chikungunya”, explica o coordenador do projeto em Campo Grande, Antônio Brandão.
A expectativa é de que um período de dois anos, o método novo aliado ao Wolbachia poderá fazer com que todos os mosquitos Aedes aegypti, vetores de uma série de doenças, percam a capacidade de transmissão de arboviroses e que a dengue fique em níveis muito baixos.
Em outras regiões de Campo Grande, a prefeitura trabalha com o método Wolbachia, que consiste na soltura de insetos adultos com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais e seja estabelecida uma população destes mosquitos. Quando presente no Aedes aegypti, a Wolbachia impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam no inseto, contribuindo para a redução destas doenças.
Vale ressaltar que os métodos são complementares e a população deve continuar com as já conhecidas ações de combate à dengue, zika e chikungunya.