Prefeitura não lança obras de Caps e verba de R$ 4 milhões fica parada
Com déficit de vagas para pacientes psiquiátricos, Campo Grande tem R$ 4 milhões em conta para ampliar a rede de atenção psicossocial. De acordo com o Conselho Municipal de Saúde, o governo federal habilitou os projetos da Capital em outubro de 2013, mas as obras não foram iniciadas.
Segundo a presidente do conselho, Ione de Souza Coelho, os pacientes da saúde mental ficam nas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) por mais de dez dias aguardando vaga na rede de Caps (Centro de Apoio Psicossocial). “A rede de assistência à saúde tem R$ 4 milhões desde 2013 para ser aplicado na reestruturação das unidades de Campo Grande, mas ainda não tivemos essa ação do Executivo”, afirmou, durante entrevista coletiva ontem.
Os R$ 4 milhões são para construção de Caps AD (álcool e drogas) e unidades de acolhimento adulto na Vila Almeida e Santo Eugênio; unidade de acolhimento infantil no Santo Eugênio e Panamá. Classificados como III, os dois Caps deverão funcionar 24 horas.
“Esse dinheiro está aqui, parado na conta, não vem nem a ordem de serviço”, afirmou Sebastião Júnior, integrante do conselho.
Em julho deste ano, o MPE (Ministério Público Estadual) começou a investigar a falta de leitos para atendimento psiquiátrico em Mato Grosso do Sul. Em todo o Estado, são 242 leitos, a maioria deles em Campo Grande. A denúncia foi feita pelo CRM-MS (Conselho Regional de Medicina).
O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) que informou que detalhes sobre a rede de atenção psicossocial da Capital serão repassadas na segunda-feira (13).