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Cidades

MPE investiga falta de leitos e caos no atendimento psiquiátrico em MS

Aliny Mary Dias | 12/07/2014 10:03

O MPE (Ministério Público Estadual) começou a investigar essa semana a falta de leitos para atendimento psiquiátrico em Mato Grosso do Sul. Em todo o Estado, são 242 leitos, a maioria deles em Campo Grande. A denúncia foi feita pelo CRM-MS (Conselho Regional de Medicina).

O presidente do CRM-MS, Alberto Cubel Júnior, disse que o conselho constatou a redução de leitos para pacientes da psiquiatria. “O que existe é uma desassistência para esses pacientes, muitos acabam indo para a criminalidade ou ficam internados em unidades de atendimento 24 horas sem atendimento adequado”, diz.

De acordo com a entidade, a OMS (Organização Mundial da Saúde) orienta que haja um leito de psiquiatria para cada 1 mil habitantes. Na conta, o Estado precisaria de pelo menos 2,5 mil leitos. Já a orientação do Ministério da Saúde é menos exigente e exige 1.125 mil leitos no caso de Mato Grosso do Sul.

Indiferente de qual recomendação seguir, o Estado está muito aquém do ideal. Atualmente, segundo Cubel, há 242 leitos em Mato Grosso do Sul. Do total, 160 estão no Hospital Nosso Lar na Capital, 30 na Santa Casa, 12 no Hospital Regional e 40 deles em Paranaíba.

“O Estado e o Governo Federal precisam acordar para que essas pessoas sejam atendidas com dignidade. Eles acabam sendo atendidos como bicho”, desabafa o presidente do CRM-MS.

Último caso – Na madrugada deste sábado (12), um jovem de 26 anos morreu em um centro de reabilitação de dependentes químicos na BR-163 na Capital. O coordenador do projeto Jeboque, Marcelo Luiz Barreto, disse ao Campo Grande News que Carlos Alexandre de Souza chegou a ser atendido no CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) durante esta sexta-feira (11), mas recebeu alta e acabou morrendo na sede do centro.

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