Prefeitura pode apresentar ainda hoje proposta para evitar greve dos médicos
A direção do Sindicato dos Médicos da Capital ainda aguarda resposta da prefeitura quanto às reivindicações da categoria e evitar a segunda greve deflagrada pelos profissionais neste ano. Na tarde desta terça-feira (11), o presidente do sindicato, Valdir Siroma entregou ao prefeito Gilmar Olarte (PP) e ao secretário de Saúde, Jamal Salem, ofício comunicando sobre o início da paralisação, prevista para começar às 19 horas do próximo sábado (15).
Siroma afirma que entrou em contato com o secretário de Saúde do município na manhã desta quarta-feira (12), porém foi informado que ainda não havia qualquer reunião agendada com a categoria.
Já o secretário de Saúde Jamal Salém informou que está agendada uma reunião para às 16 horas com representantes da Sesau, para definir uma proposta aos médicos. "Não posso adiantar nada agora, mas estamos perto de uma solução", ressaltou.
Os médicos aprovaram a greve em assembleia realizada na noite de segunda-feira (10). Os profissionais estão insatisfeitos com o escalonamento de salários, o corte dos plantões e pedem diferenciação em categorias diferentes entre os profissionais de saúde do município.
De acordo com Siroma, caso a paralisação tenha início no sábado, a categoria irá manter os 30% de profissionais exigidos pela lei, nas unidades de urgência e emergência. Nos postos de atendimento básico de saúde, onde o foco dos atendimentos é voltado para os pacientes portadores de doenças crônicas, como diabetes, também haverá profissionais para atender uma eventual urgência.
Valdir Siroma ressaltou que o sindicato continua aberto às discussões, mas a categoria não abre mão do pagamento até o quinto dia útil. Com o escalonamento estabelecido pela prefeitura, os médicos estão recebendo entre os dias 18 e 21 devido a faixa salarial, que é de R$ 7 mil.
Em maio, a categoria paralisou as atividades por 18 dias contra a suspensão no pagamento dos plantões. Após a assembleia, o prefeito Gilmar Olarte ressaltou que a crise é passageira e o pagamento dos salários volta ao normal em setembro ou, no máximo, outubro.
Ao todo, a Rede Municipal de Saúde conta com 1,2 mil médicos. Antes da primeira greve o número era praticamente o dobro, mas após o movimento, vários profissionais pediram exoneração ou não tiveram o contrato renovado.