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Capital

Prefeitura quer que governo aumente repasse mensal para Santa Casa

Segue impasse em acordo para renovação de contrato

Leonardo Rocha e Yarima Mecchi | 31/03/2017 12:30
Marquinhos participou de solenidade na Santa Casa, mas acordo ainda não saiu (Foto: Yarima Mecchi)
Marquinhos participou de solenidade na Santa Casa, mas acordo ainda não saiu (Foto: Yarima Mecchi)

Sem acordo com a Santa Casa, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) quer que o governo estadual, aumente o repasse mensal, que faz para o hospital, para que haja um consenso sobre a renovação do contrato. Ele alega que a unidade recebe muitos pacientes do interior.

"A prefeitura repassa quase R$ 5 milhões (mês) e o governo a metade, mesmo que 60% dos pacientes sejam do interior, o Estado poderia repassar mais R$ 3,5 milhões e nós entraríamos com mais R$ 1 milhão", disse o prefeito, durante solenidade na Santa Casa.

Marquinhos ressaltou que a Capital conta com "gestão plena" em saúde, mas o governo estadual teria um orçamento mais robusto para o setor. A equipe de reportagem do Campo Grande News o acompanhou em visita a enfermarias no hospital, onde ele perguntou aos pacientes se eram da Capital ou do interior. O resultado foi um empate de três para cada lado.

Recursos - O repasse mensal feito a Santa Casa é por volta de R$ 20 milhões, sendo usado R$ 1,5 milhão para pagar empréstimo e R$ 18,5 milhões no custeio. Para renovação do contrato, a unidade pede um aumento de no mínimo R$ 3,5 milhões, já que tem um déficit mensal neste valor.

De acordo com o prefeito, o município faz um repasse de quase R$ 5 milhões, enquanto que o governo R$ 2,5 milhões, tendo o restante de verba da União. Sem um acordo neste novo contrato, foi marcada uma reunião para semana que vem, que segundo a direção da instituição, é o último prazo estabelecido.

Responsabilidade - O diretor-presidente da Santa Casa, Esachel Nascimento, disse que a responsabilidade do contrato é da prefeitura de Campo Grande, por estar em gestão plena. "Os pacientes não são do hospital e sim da prefeitura, a Santa Casa não é um saco sem fundo, se não tiver a regularização, vai faltar dinheiro".

Ele admitiu que caso não haja acordo (renovação), o serviço vai parar gradativamente. "Seria uma irresponsabilidade do poder público". Também adiantou que foram 1,4 milhão de procedimentos no ano passado e que no seu levantamento, os procedimentos foram feitos para 30% de pacientes do interior.

Esachel ainda revelou que vai mudar o nome do "Pronto Socorro", para "Urgência e Emergência", pelo fato das pessoas recorrerem ao local, muitas vezes sem necessidade. Sobre o impasse no novo contrato, o MPE (Ministério Público Estadual) disse que vai esperar o novo prazo da negociação, para depois se manifestar.

Tentamos entrar em contato com o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, mas até o fechamento da reportagem, ele não atendeu as ligações.

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