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Capital

Prefeitura retoma obras de pavimentação paradas há seis meses em dois bairros

Quando foram interrompidas, no Jardim Seminário 50% do serviço já havia sido executado e 60% no Altos do São Francisco

Lucas Junot | 05/04/2017 16:08
As obras obras estavam paradas há mais de seis meses. Foram interrompidas com 50% do serviço executado no Jardim Seminário e 60%, no Altos do São Francisco (Foto: Divulgação/PMCG)
As obras obras estavam paradas há mais de seis meses. Foram interrompidas com 50% do serviço executado no Jardim Seminário e 60%, no Altos do São Francisco (Foto: Divulgação/PMCG)

Duas das 25 frentes de drenagem e pavimentação, previstas no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) - qualificação de vias urbanas em Campo Grande - foram retomadas nesta quarta-feira (5). As obras do Seminário - Etapa A e do Altos do São Francisco, abrangendo 7 bairros, já estão em andamento. Nas duas regiões o investimento previsto é de R$ 36,5 milhões, com execução de 30,5 quilômetros de pavimentação e 9,1 quilômetros de recapeamento.

As obras estavam paradas há mais de seis meses, quando foram interrompidas com 50% do serviço executado no Jardim Seminário e 60%, no Altos do São Francisco.

No Jardim Seminário etapa A, as equipes da empreiteira trabalham em obras de drenagem e construção de calçadas. Dos 9,5 quilômetros de pavimentação previstos, falta terminar 2 quilômetros nas ruas Marechal Câmara e José Motte.

No local, a reclamação dos moradores, em decorrência da sujeira, especialmente em tempo de chuva, é recorrente. “Aqui quando chovia era muito difícil. Vinha um barro lá de cima que deixava a rua intransitável. Desde que construíram a drenagem isto acabou. Agora só falta o asfalto”, afirma o morador da Rua José Motte, João Lemes Gonçalves, de 57 anos.

O serviço no Alto do São Francisco foi retomado com a construção de calçadas. De acordo com a prefeitura, a empreiteira vai iniciar a pavimentação tão logo entre o período de estiagem. A previsão inicial de investimento era de R$ 22,2 milhões.

A região abrange ainda os bairros Parque dos Laranjais, Nossa Senhora das Graças, Jardim Fluminense, Jardim Veneza, Vila Nilza, Jardim das Acácias e Jardim Paquetá. A maior parte da pavimentação prevista já está pronta (19 quilômetros dos 21,78 previstos). Falta executar 9,93 quilômetros de recapeamento, abrangendo as duas pistas da Avenida da Euler de Azevedo (4,4 quilômetros somando as duas pistas entre a Tamandaré e a Presidente Vargas), além das ruas Miguel Vieira, Cerejeiras e Joaquim Lacerda.

Obras destravadas – De acordo com a administração, desde janeiro, os engenheiros da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos têm trabalhado na revisão dos projetos, reprogramação dos contratos e resolvendo alguns entraves (como desapropriações) de todas as frentes de pavimentação. De acordo com o secretário Rudi Fiorese, será preciso convocar a segunda colocada na licitação.

A vencedora da concorrência desistiu da obra porque a gestão anterior atrasou os pagamentos ou se recusou a fazer a revisão das planilhas. No Jardim Bellinate, obra de R$ 3,3 milhões (só 31% concluída) também será preciso convocar a segunda colocada na licitação, porque houve rescisão do contrato da empreiteira que iniciou a obra.

Já na Mata do Jacinto etapa A, um projeto de R$ 9,6 milhões, falta ainda um saldo de R$ 2,3 milhões para executar, destinado a complementação das obras de drenagem e controle de erosão no Parque Sóter. “Falta abrir bocas de lobo, para ativar a rede de drenagem, construção de gabião no Sóter”, explica o secretário.

Para que seja retomada as obras na Mata do Jacinto etapa D, região do Parque dos Poderes, está em negociação a permuta de 6 mil metros quadrados na Avenida Afonso Pena, para onde foi planejado um piscinão com capacidade para retenção de 500 milhões de litro. A área avaliada em R$ 600 mil pertence ao Conselho Regional de Contabilidade e deve ser trocada por área pública com valor de mercado equivalente.

Contrapartidas - Segundo o secretário de Infraestrutura não é possível retomar todas as frente de forma simultânea porque neste momento a prefeitura não teria fôlego financeiro para o aporte das contrapartidas. “Muito embora tenha sido contratado um empréstimo de R$ 26 milhões para as contrapartidas, com a paralisação dos serviços, as planilhas ficaram defasadas e será preciso promover um reajustamento”, pondera.

O PAC Pavimentação prevê execução de 300 quilômetros de pavimentação, 100 quilômetros de recapeamento, investimento de R$ 311,7 milhões, mas até agora só foram executadas 24% das obras, R$ 75 milhões. Além de concluir 16 frentes iniciadas e não terminadas, é preciso licitar outras sete que nem começaram.

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