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Capital

Preso abandona Comando Vermelho e expõe plano de ataque contra policiais

O plano inclui ações coordenadas para atacar policiais penais como demonstração de poder no Estado

Por Gabriel de Matos | 14/06/2024 21:59
Fachada do presídio federal da Gameleira em Campo Grande (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Fachada do presídio federal da Gameleira em Campo Grande (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Um preso da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira 2, conhecido como "Cabeça" expôs plano do Comando Vermelho para atacar policiais penais. Ele declarou estar rompendo com a organização criminosa. O registro do boletim de ocorrência foi feito na 5ª Delegacia de Polícia de Campo Grande.

"Cabeça" expôs que a motivação para o ataque seria retaliação pelas ações recentes que prejudicaram os interesses da facção no Estado. Entre essas ações estão operações policiais que resultaram em apreensões de bilhetes da facção, bebidas artesanais ilegais conhecidas como "choca", e outras infrações dentro da prisão.

O plano inclui ações coordenadas para atacar policiais penais como demonstração de poder do Comando Vermelho em Mato Grosso do Sul. A facção já está em posse de armamento significativo, incluindo fuzis AR15, pistolas 9mm, revólveres calibre 38, e um equipamento Stinger de longo alcance, aguardando criminosos experientes do Rio de Janeiro para executar os ataques.

Além dos ataques, os membros da facção planejam reivindicar melhorias nas condições dentro das prisões, expandir suas operações ilícitas, recrutar novos membros através do "batismo" e exigir transferências estratégicas de integrantes, como é o caso do líder "Coqueirinho", originário de Mato Grosso.

"Cabeça" revelou ainda que qualquer ação requer o aval do Comando Vermelho de Mato Grosso, mas em caso de negativa, o grupo poderia buscar apoio no Conselho do "Comando dos 13", localizado na penitenciária de Bangu, no Rio de Janeiro.

As comunicações da facção são intermediadas pelo advogado apelidado de "Cabeça Branca", responsável por gerenciar contatos externos, incluindo o tráfico de drogas, pagamentos da facção e coordenação com outros estados. Uma casa de apoio próxima ao condomínio "Alphaville" também é utilizada para hospedar membros do Comando Vermelho durante suas operações em Mato Grosso do Sul.

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